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"Você e o moleque tem alguma coisa?"

Eu olho de relance, e o vejo com seus óculos escuros, com uma calça jeans e uma camisa moletom. Ele não tem o senso do ridículo? Ele está em uma festa de classe alta. Ele está acompanhado daquele cara, se eu não me engano o nome dele é Namina... Não não... Nanami... Acho que é isso. O loiro já era bem formal, com um terno preto, o blazer preto, calça e sapato, já a gravata vermelha, e blusa social branca por baixo do blazer.

Meu nervosismo fica maior com a presença de Satoru que parece não me notar.

— Tudo firmeza? - pergunta Satoru sorrindo irritante como sempre.

— Tamo aê - disse Itadori batendo a mão na de Satoru, um cumprimento informal. — E aí Nanaminho?.

— Boa noite Senhor Itadori - Nanami aperta a mão de Yuuji formalmente.

Eu coloco meu cabelo na frente do rosto para não me notarem, e finjo beber a água com limão na taça que já nem tinha mais.

— Quem é a tchutchuca? - pergunta Satoru se aproximando de mim com um sorriso sensual, que gado!.

— É a S/a! - disse Itadori sorrindo.

Sinto a mão de Satoru agarrar minhas bochechas e virar minha cabeça na sua direção, vendo que seu sorriso não estava mais ali.

— Boneca! - exclamou sorridente, mas de feliz ele não tinha nada, era tudo uma encenação.

— Olá senhor Nanami! Boa noite - eu ignoro o Satoru.

— Igualmente Senhorita S/n - disse Nanami beijando minha mão, ele e a sua formalidade admirável.

— Itadori vamos, comer alguma coisa? - perguntei nervosa.

— Bora! Até mais galera - disse Itadori sorrindo.

Eu e Itadori nos afastamos, olho pra trás discretamente, e vejo Satoru neutro.

Eu tô muito fudida!

Eu e Itadori comemos, rimos e agora vamos dançar.

— Itadori sua gravata continua frouxa - disse eu com um tic nervoso.

— Eu não sei colocar isso! Eu odeio esse tipo de roupa - disse Itadori tentando ajeitar.

Eu toco em suas mãos impacientes, um toque que parecia pedir para que ele se acalmasse. Ele tira as mãos calmas, e me deixa ajeitar sua gravata, aperto um pouco e passo as mãos em seu blazer como se estivesse limpando.

— Pronto - eu digo sorrindo gentil.

— Você é dez! - disse Yuuji sorrindo — Valeu S/a.

— Vamos dançar - eu digo.

Fomos para pista de dança, música lenta. Cada um com seu par, mas de vez enquanto, eles se viram de costas um para o outro e os homens trocam de lugar com outros homens, eles se viram para dançar novamente com uma nova parceira.

— Eu não quero dançar assim - disse eu fazendo biquinho.

— Não seja assim - disse Itadori rindo — Bora!.

Isso vai dar ruim

Eu e Itadori começamos a dançar no ritmo lento da música, ele tocou em minhas costas e com a outra mão livre na minha mão, enquanto eu segurava seu ombro. Dançamos com elegância e delicadeza, as vezes rimos de alguns passes errados que ambos fazíamos. Chegou o momento de trocar de parceiro.

A música parou, e eu fico de costas para o Itadori, e ele faz o mesmo, vejo os homens trocando o lugar com outros homens, até que a música voltou e eu me viro assim como o outro homem que está no lugar do Itadori também. Me surpreendi, ao vê-lo. Ele agarra minha cintura sem delicadeza com uma mão e com a outra ele pega minha mão, eu coloco a minha outra livre em seu ombro. Como ele pegou minha cintura sem delicadeza, - já que era pra pegar nas minhas costas - eu senti meus peitinhos sendo amassados contra o peitoral dele.

— O que faz aqui com aquele moleque? - a voz grossa dele se fez presente, junto com um sorriso maldoso, mas não um maldoso como se ele quisesse... Sei lá - foder comigo - era um sorriso debochado.

— Acho que não temos intimidade o suficiente para te responder tal pergunta intrusa - disse eu não muito humorada.

Ele sorri e aproxima o rosto, ele encosta as nossas testas enquanto agora tinha um sorriso debochado.

— Língua afiada - ele ri — Sukuna gosta.

Sukuna ri mais uma vez, bem humorado.

— Da pra parar de me apertar assim? Tá esmagando os peitos que eu já não tenho - disse eu descolando minha testa da dele.

— Você é bem nervosinha, eu gosto muito de mulheres assim - Sukuna diz sorrindo.

— Pode me tirar da lista - disse eu irritada.

— Por que eu iria querer tirar? Afinal, você me deixa um tanto intrigado - disse Sukuna me apertando mais.

— Meu peito seu idiota - disse eu.

— Me deixa sentir eles - ele ri debochado.

— Idiota - eu rolei os olhos.

Ele me dá um beijo no pescoço.

— Ei! - eu o repreendo.

Você e o moleque tem alguma coisa? - pergunta ele inspirando meu pescoço.

— Eu estou começando a ficar irritada com você - disse eu irritada já — Eu e o Itadori somos melhores amigos. Apenas isso.

Ele ri no meu ouvido, me causando um arrepio gostoso. Eu sei que ele só quer usar meu corpo, eu não vou permitir isso. Se nem o Satoru consegue me domar, imagina ele, eu nem o conheço o suficiente pra tal coisa - não que eu entenda muito sobre o idiota do platinado irritante, agressor, opressor, machista, sádico, sem noção - mas com certeza eu conheço mais o Satoru do que o Ryomen Sukuna.

Sinto uma sucção no meu pescoço.

— O que diabos você tá fazendo? - perguntei irritada.

Dei um suspiro, ele terminou e me deu uma mordida.

— Até daqui a pouco - disse ele no meu ouvido.

A música para e ambos nos viramos, os homens trocam de parceiras de novo, vejo o Itadori sorrindo pra mim um pouco afastado, de costas pra uma mulher, eu sorri de volta, até a música voltar a tocar. Me viro ficando de frente pra um platinado, que aposto que veio "dançar" comigo propositalmente.

Assim como Sukuna, ele agarra a minha cintura com muita força fazendo meu corpo bater contra o dele, ele pega minha mão a apertando um pouco e eu seguro o seu ombro. Dançamos calados, e eu só pensava o quão apertado estava, ele estava sufocando os meus peitos no peitoral dele, olho pra cima vendo o semblante sério. Até que ele se pronunciou.

Continua...

𝐼 𝑛 𝑒 𝑠 𝑞 𝑢 𝑒 𝑐 𝑖́ 𝑣 𝑒 𝑙 | 𝐺𝑜𝑗𝑜 𝑆𝑎𝑡𝑜𝑟𝑢Onde histórias criam vida. Descubra agora