"Que sensação... De déjà vu"
A primeira coisa que eu fiz, foi ver Harumi em seu berço e depois, tomar um banho longo e relaxante. Deixando Nobara e Megumi conversarem no quarto de Harumi.
Meus pensamentos voam, me sinto exausta de todas as formas possíveis. E principalmente, usada.
Usada pelo Satoru, um lixo, um objeto que ele brincou esse tempo inteiro.
Sem perceber, meus olhos se fecham e eu me entrego ao sono.
Até que eu enxergo o nada, o vazio, um lugar sem nada, apenas escuridão. Eu olho para os cantos, enxergando apenas a solidão.
Será que é assim a minha alma?
Fico confusa mas logo um homem aparentemente mais novo que eu aparece, ele tem cabelos longos e brancos.
- Oi? - Indaguei incerta.
Ele não me respondeu e a medida que eu me aproximo, parece que eu nunca consigo alcançá-lo. Como se fosse o ilimitado.
O cenário muda novamente, uma menina penteando os cabelos daquele mesmo homem novo.
Essa menina... Sou eu...?!
- Hoje o pai do Megumi foi buscar ele - A menina parecia empolgada enquanto começava trançar o meu cabelo.
- É? - O platinado indagou.
- Ele é muito bonito. - A menina proferiu, sorrindo enquanto fazia o penteado.
- Você gosta dele? - Indagou mais uma vez.
Vejo a menina confirmar e ele argumentar que o Toji era adulto, mas a menina não se importava e pediu o apoio do esbranquiçado que permaneceu calado.
Tento me aproximar de ambos mas novamente eu não os alcanço, nunca consigo toca-los nesse infinito espaço.
Esse homem... Eu quero ver o rosto dele, quero me lembrar do rosto dele, quero encontrá-lo.
O cenário muda novamente, eu arregalei os olhos e meus lábios tremeram.
Não, de novo não.
- S/n, você tem que parar! Agora! - Ouvi o grito estridente do mais velho.
Eu vi a cena da menina espancando o rosto do irmão enquanto o estrangulava. Os gritos ficaram mais altos na minha cabeça e eu gritei alto desejando sair daquele inferno.
E se eu tivesse morrido dentro da banheira e o lugar que estou é o inferno? Até porque eu acredito que o inferno seja exatamente assim, reviver todos os piores momentos da sua vida, eternamente.
- CHEGA! - Eu caio de joelhos, tentando controlar a minha respiração e ter controle também sobre a minha crise.
Fecho os olhos com força, sinto o lugar ao redor mudar novamente, me fazendo abrir as pálpebras.
- Suas mãos estão manchadas de sangue, e seus dedos sujos pela culpa. - A mãe da menina a olha com repulsa e lágrimas nos olhos pela perda de seu filho.
- Vai viver sabendo que foi a culpada por ter matado seu próprio irmão. - O pai cuspiu as palavras duras, deixando a criança algemada ainda pior.
Um dos dois últimos irmãos me olhou com desprezo e repulsa, o mais velho com os olhos cheios de lágrimas, triste pela morte do irmão e por quem o matou, e do jeito ele ele foi assassinado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐼 𝑛 𝑒 𝑠 𝑞 𝑢 𝑒 𝑐 𝑖́ 𝑣 𝑒 𝑙 | 𝐺𝑜𝑗𝑜 𝑆𝑎𝑡𝑜𝑟𝑢
Romance"Você pertence a mim boneca" "E o que te faz pensar nisso?" "Tudo! Será minha até depois da sua morte, e aí de você se pensar em me trair!" "Você é de todas mas eu não posso ser de ninguém! Egoísta" É S/n, você não tem escapatória, quem diria que um...