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"Só vou esperar você ficar bem, e vou me mudar"

Naquela mesma noite, eu fui pra casa, tomei um banho. E coloquei Nobara pra dormir. Sai escondido, e fui para o hospital de Fushiguro. Entro na recepção, informando que eu estava no quarto dele. Fui em direção ao seu quarto, e uma enfermeira me aborda.

— Você é parente de Fushiguro Megumi? - pergunta ela.

— Não, mas estou visitando ele - eu respondo.

— Então me faça um favor, leve a janta dele? Preciso atender outros pacientes - ela disse educada.

Eu pego a bandeja da mão dela e ela sorri em resposta.

Abri a porta do quarto de Fushiguro o vendo com o semblante relaxado. Até que ele me nota ali.

— O que é isso? - pergunta desconfiado.

— Sua janta - eu respondo fechando a porta.

— Não me diga que é... - é cortado.

— ... Sopa - eu completo sorrindo.

Ele faz uma cara desgostosa.

Chego perto dele e do a bandeja pra ele, ele levanta os braços mas logo os recua.

— O que aconteceu? - perguntei.

— Eles doem - ele respondeu.

Eu me sento na cama, e pego o talher. E começo a dar comida na boca de Fushiguro. Ele pareceu surpreso mas não me impediu.

— Chorou? - ele pergunta.

Eu saio dos meus pensamentos, o olhando.

— Não - eu respondo gentil.

— Seus olhos estão um pouco inchados - disse Fushiguro.

— Minha vida não tem sido normal, nos últimos meses - confesso.

— Quer compartilhar? - pergunta Fushiguro.

— Não, está tudo bem - disse eu — Só vou esperar você ficar bem, e vou me mudar.

— Você vai o que? - ele pergunta se engasgando.

Eu pego um pouco de água e do pra ele.

— Calma Fushiguro - eu digo botando a garrafa de água na boca dele. Que bebe.

— Você... - ele termina a água — Vai se mudar? Pra onde?.

— Olha, eu ainda não sei. Mas nesse lugar eu não quero mais ficar, sabe? - perguntei.

— Mas por que vai se mudar? - pergunta Fushiguro.

— Ah, eu quero mudar minha vida e meu distinto e nada melhor do que recomeçar fora desse estado, cidade ou até mesmo do país - disse eu.

— O que pretendo fazer quando estiver fora? - pergunta Fushiguro.

— Arrumar um bom emprego, e quem sabe... Encontrar alguém - eu digo envergonhada.

Ele me olha, e da um pequeno sorriso.

— Foi fácil me esquecer, não? - pergunta Fushiguro rindo descontraído.

— Não diga isso - eu disse terminando de o alimentar - A dor da sua rejeição, ainda está no meu coração. Mas se você não é a pessoa certa, eu tenho que procurar ela não concorda?.

— Talvez - ele disse.

— Como assim talvez? - perguntei já impaciente.

— Eu sempre te vi como uma irmã, e... Saber que você vai sair do país por minha causa, é agoniante - ele diz.

𝐼 𝑛 𝑒 𝑠 𝑞 𝑢 𝑒 𝑐 𝑖́ 𝑣 𝑒 𝑙 | 𝐺𝑜𝑗𝑜 𝑆𝑎𝑡𝑜𝑟𝑢Onde histórias criam vida. Descubra agora