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"O que foi, meu amor?"

Os dias voaram como o vento, comecei a trabalhar como secretária do Itadori e pedi demissão para aquele idiota do meu chefe nojento, mas obviamente eu falei poucas e boas pra ele.

Ultimamente eu tenho me sentindo mais leve por causa desse emprego, não preciso mais me sujeitar a dançar para homens asquerosos e quase me deitar com eles.

Mas é claro que o passado não tem como ser apagado, mas mesmo assim eu devo seguir em frente.

No momento eu estou no shopping com o Rodrigo e com a Nobara, eu seguro algumas bolsas de compras da Nobara e Harumi ao mesmo tempo.

Minha filha dorme calmamente no meu colo, eu observo meu amigo e minha amiga falando sobre moda e bolsas.

- S/n, a gente vai ali naquela loja. - Apontou a Kugisaki animada. Eu olhei para a loja da Chanel e neguei com a cabeça, tomara que ela não queria uma bolsa de lá.

- Tudo bem, mas é apenas para olhar! - Eu a aviso, deixando claro que eu não tenho dinheiro para bancar os luxos dela.

Ela rolou os olhos e beijou minha bochecha, sorriu pra mim e puxou Rodrigo para dentro da loja.

Fiquei ali parada ao lado de fora da loja, só observando as pessoas passarem. Eu havia acabado de sair do trabalho e recebi a ligação da Nobara dizendo que estava no shopping.

Fiquei surpresa ao ver Rodrigo junto com ela, não sabia que eles eram amigos. Mas não questionei, agi naturalmente e observei ambos comprando suas coisas.

Eu como qualquer outra mulher também gosto de joias e roupas de grife, porém meu caso é mais delicado, eu sei que não tenho condições financeiras para isso.

Mas até que com esse novo emprego como secretária está me rendendo uma boa grana, mas eu prefiro comprar coisas boas e caras para a Harumi e Nobara.

Sinto um olhar penetrar minha nuca, eu olhei para trás não vendo ninguém que estivesse me observando, as pessoas passavam tranquilamente.

Olhei para os lados e também não tinha ninguém me olhando, exceto uma criança de oito anos que bebia um milk-shake de chocolate.

Essa sensação está começando a ficar incômoda. Por instinto eu seguro mais firme a minha filha nos meus braços e dou alguns passos para trás, meu olhar sério direcionado a todas as pessoas dali.

Meu coração disparou, eu estava com medo. E se fosse o Sukuna? Ele tem estado quieto por muito tempo, isso está me deixando com uma pulga atrás da orelha.

Um selar foi deixado na minha nuca e eu olho para trás, vendo o rosto sorridente e olhos vendados.

- Era você? - Perguntei, ele me olhou confuso.

- Eu o que? - Satoru arqueou uma sobrancelha, eu olhei ao redor novamente e a sensação havia parado... É, acho que era ele.

Ou é o que eu pensava.

- Nada, mas o que faz aqui? - Questionei me virando completamente em sua direção. Ele tinha uma camisa preta de gola alta, um blezer acinzentado e longo, uma calça preta e com um cinto.

- Quer uma foto? - Debochou.

- Estava procurando mesmo um excelente mata mosca, vou querer sim. - Cuspi meu veneno com um sorriso.

Ele levantou um pouco mais a venda para enxergar com mais clareza, e me analisou.

- Você só usa roupas repetidas, por que não compra mais? - Perguntou, me olhando de cima.

𝐼 𝑛 𝑒 𝑠 𝑞 𝑢 𝑒 𝑐 𝑖́ 𝑣 𝑒 𝑙 | 𝐺𝑜𝑗𝑜 𝑆𝑎𝑡𝑜𝑟𝑢Onde histórias criam vida. Descubra agora