𝐼 𝑛 𝑒 𝑠 𝑞 𝑢 𝑒 𝑐 𝑖́ 𝑣 𝑒 𝑙 | 𝐺𝑜𝑗𝑜 𝑆𝑎𝑡𝑜𝑟𝑢

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"Não despreze tanto o Gojo"

Caminhando e pensando na briga que tive mais cedo com a minha melhor amiga, a pessoa que eu mais confio e a pessoa que me deu a mão quando mais precisei. Respiro fundo e ponho a mão na cabeça, estava doendo um pouco pelo estresse que passou a ser matinal.

Dentro em um bar chique, que eu não teria nem dinheiro para comprar uma água ali, eu vi cabelos e roupas familiares, caminhei até dentro do estabelecimento e me sentei ao seu lado.

- Como está, Senhor Nanami? - Pergunto, olhando diretamente para o balcão.

O local era barulhento, e cheio de pessoas, principalmente homens velhos jogando sinuca e apostando dinheiro, outros apenas sentados e conversando civilizadamente.

- Bem, enquanto à você?. - Nanami vira um pequeno recipiente de saque, fazendo uma leve careta.

- Bem... - Menti. -- Não sabia que você era do tipo alcoólatra.

Ouço um mini riso da parte do mais alto que me faz sorrir.

- Estou longe de ser um alcoólatra, bebo somente às vezes para comemorar algo ou para fugir de problemas... Vai me acompanhar? - Perguntou sendo um pouco irônico, mas permanecia sério.

- Desculpe mas eu não tenho dinheiro nem pra comprar uma água que fosse, nesse lugar. - Respondo zombeteira.

Nanami levanta levemente a mão e pede dois copos de saque, quando chegou, ele me estendeu um copo.

- Esse bar é meu, beba à vontade, fique tranquila. - Nanami me tranquilizou. -- Me pareceu que você mentiu quando disse que estava bem, então beba.

Suspirei e agradeci com um aceno, peguei o copo e virei de uma vez, pedindo mais ao barman.

- E você está comemorando algo ou fugindo?. - Perguntei, sentindo o gosto amargo do saque na língua.

- Se Gojo for um problema, então sim, eu tenho um problemão. - Kento virou seu saque.

- E que problemão o senhor tem. - Digo, bebida descia rasgando a minha garganta e eu não gostei muito. 

Não sou acostumada a beber esse tipo de bebida, e o "mais próximo" que cheguei a isso, foi um energético no fundo da geladeira. 

Eu odeio bebidas alcóolicas, isso é fato.

- O que ouve com o cabeça de vento?. - Indaguei, o de cabelos louros ficou quieto por um tempo, até começar a falar.

- Gojo sempre foi muito irresponsável, teimoso e... Idiota. - Nanami virou um saque e afastou o copo de si. -- Está sumido novamente.

- Isso não me surpreende, ele é um babaca egocêntrico. - Torci a boca ao falar dele.

- E superficial. - Kento catucou o indicador no balcão, eu virei mais um copo e me senti mais leve.

Mas sinto um olhar em minha direção, olhei para o lado vendo Nanami me olhar por debaixo das lentes dos seus óculos.

- Há algo errado?. - Perguntei, não estava entendendo o olhar dele.

- Não despreze tanto o Gojo. - Pediu.

Uni as sobrancelha, mas fiz pouco caso.

- O Satoru fez coisas que eu não posso deixar passar. - Respondo, brinquei com meus dedos e olhei para o barman que servia outros clientes.

- Eu sei mas não o culpe, ele nem sempre foi assim... O poder muda o homem. - Nanami sussurrou.

Eu até pensaria no assunto se aquilo não fosse tão insignificante diante outros assuntos que chamavam-me mais  a atenção; como a Kugisaki.