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"Tá com ciúmes?"


O mês chegou ao fim, e durante ele eu tive muitas surpresas. Conheci Satoru, me declarei para Fushiguro, Fushiguro disse que não sentia o mesmo mas me amava muito como amiga, Nobara me acordava todas as noites para comprar seus desejos de grávida, Satoru matou todos os homens que eu iria levar pra cama no bordel, me bateu - claro que eu também me defendi o agredindo de volta - mas por ele ser de um sexo mais bruto, eu era a que saia arrebentada. Eu o odiava com todas as minhas forças, ele me obriga a ser dele, mas não me obriga a ter relações sexuais - pelo menos ele tem um pouco de senso.

Nunca mais permiti que ele me beijasse ou me tocasse, isso aparentemente estava o deixando louco, mas ele sempre estava com três ou quatro mulheres ao redor dele quando saia do quarto do bordel puto da vida por eu não ter dado o que ele queria. Não que eu me importe, eu o odeio. Eu sou livre.

Nesse momento eu estava sentada na minha cama, pensando na minha vida. Pensando em Fushiguro, eu choro ao lembrar de sua rejeição.

- Desculpa S/n, mas eu não te vejo como uma mulher, mas sim como uma irmã - diz Fushiguro me olhando um pouco triste.

Eu mordo a minha bochecha pelo lado interior e sem querer mostrar fraqueza, eu acabo mostrando. As lágrimas desceram. Fushiguro foi para limpar mas eu recusei.

- Tudo bem - eu digo dando as costas pra ele, saindo da praça.

- S/n! - ele me gritou.

Eu fingi não escutar e fui correndo pra casa, abri a porta e a bati com força me jogando no chão. Eu fui rejeitada pela minha mãe e pelo meu pai, e agora por Fushiguro. Eu senti enjôo e fui para o banheiro, vomitei apenas a água que eu havia tomado, meu estômago não tinha comida.

Lembro também das provocações de Satoru, por alguma razão ele sabia tudo que acontecia na minha vida.

Ouço a porta da minha casa bater, deixei Nobara dormindo e fui em direção a porta do quarto. Abri e fui até a porta da saída e entrada da casa. Abro e vejo um homem alto, platinado e vendado na minha frente. Quando vou fechar a porta na cara dele ele me impede.

- Tá pensando que é quem pra fechar a porta na minha cara? - pergunta Satoru pondo o pé na porta.

- Vai embora - eu digo fraca, meu peito dói muito por causa de Fushiguro.

- Por que não foi para a casa noturna? - pergunta como se eu devesse uma explicação.

- Não é da sua conta - eu digo.

Ele abre a porta e pega meu pescoço, me coloca contra a parede e me levanta pelo pescoço, eu tento respirar, mas estava difícil.

- Eu já disse mais de uma vez para me respeitar! - disse Satoru com a voz irritada.

- Me solta e vai embora - eu digo fraca.

Ele me abaixou e tirou a mão de mim. Ele encara meu rosto por um tempo e começa a rir. Um riso em deboche.

- Eu disse que ele não te queria - disse Satoru sorrindo.

Eu não vou chorar na frente dele! Minha vontade era de bater nele, mas eu sei muito bem que ele não vai ser amigável o bastante para deixar passar. Então controlei minha mão.

- Vai embora - disse eu mais uma vez.

- Ah qual é? Conta como aconteceu - ele diz mostrando os dentes em um sorriso irritante - Ele disse que tinha melhores que você?.

𝐼 𝑛 𝑒 𝑠 𝑞 𝑢 𝑒 𝑐 𝑖́ 𝑣 𝑒 𝑙 | 𝐺𝑜𝑗𝑜 𝑆𝑎𝑡𝑜𝑟𝑢Onde histórias criam vida. Descubra agora