[32] De volta ao passado

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20 de julho de 2020;

Não eram nem sete da manhã e Chaeryeong já estava de pé.

Ela levantou cedo porque precisava ir trabalhar — não que sua insônia tenha lhe deixado dormir — e tomou liberdade para fazer uma torrada e um café para si, mas lavou toda a louça depois.

Nesse meio tempo, Lia acordou.

— Bom dia. Madrugou, hein? — ela brincou, indo até a ruiva, perto da pia da cozinha, e dando-a um selinho.

— Não por vontade própria — Chaeryeong riu — Não dormi nada essa noite...

— Por quê?

— Não sei, tive insônia. — desligou a torneira e pegou um pano para secar suas mãos — Quer que eu faça algo para você comer?

— Não, obrigada. — Lia recusou — Eu vou voltar a dormir daqui a pouco.

— Entendi... — encarou-a — Já estou com saudade.

— Eu também, Chaery... — suspirou e a abraçou — Eu também.

A cafeteria que a ruiva trabalhava abria às nove horas, mas ela sempre gostava de chegar um pouco mais cedo. Então, como era longe e não queria se atrasar, saiu da casa de Yuna às sete e meia, mais ou menos.

— Obrigada por esse fim de semana. Foi a melhor surpresa de aniversário que eu poderia receber. — Lia disse, no hall de entrada da casa, abraçada a mais alta, pela última vez antes dela ir.

— Espero que a gente consiga se ver logo. Mas, se não, fica aqui meus beijos. — deu uma longa sequência de selinhos nela — Agora preciso ir.

— Tudo bem... Manda mensagem quando chegar no trabalho.

— Pode deixar. — sorriu — Tchau, Lia. Obrigada por tudo. Eu te amo.

E, depois de um selinho demorado, Chaeryeong foi.

Lia resolveu subir para o quarto, mas antes se sentou no primeiro degrau da escada e fitou o nada por alguns longos minutos, enquanto diversos pensamentos passavam por sua mente. Por fim, decidiu subir de vez e voltar a dormir.

Ryujin e Yeji ainda dormiam, então Jisu apenas se jogou na cama e apagou em poucos segundos, pois Chaeryeong não estava mais ali para lhe encher de beijos.

Acordaram tarde naquela segunda-feira, já que Lia e Yuna estavam de folga, Ryujin de férias e Yeji já estava afastada do trabalho há meses.

Já era tarde para o café da manhã, então Yeji e Yuna, as que acordaram primeiro, resolveram começar o almoço, enquanto as outras duas dormiam.

— Você e Ryujin vão viajar quando? — a loira perguntou, mexendo o arroz no fogão, pois a mais velha havia comentado.

— Quarta de manhã. — respondeu — Ryujin tem terapia, mas não vai.

— Entendi. — foi até Yeji, que cortava alguns legumes — O motivo pelo qual ela vai voltar pra cidade natal dela depois de tanto tempo tem a ver o que aconteceu com ela, não tem?

— Sim. — hesitou ao responder — Ela está se sentindo um pouco mais segura para voltar para lá, por mais que ainda seja um desafio.

— É nítido que é um trauma muito forte, espero que ela não se sinta desconfortável lá ou algo do tipo.

— Eu também... — olhou para a mais nova — Ela vai ficar pensando nisso o tempo todo, eu tenho certeza... Mas ela quer ir pra lá. É um desafio que a Ryujin está disposta a enfrentar, e se ela não conseguir, tudo bem. Se ela quiser voltar para Seul no mesmo instante, nós vamos voltar.

AUTUMN | ryujin + yejiOnde histórias criam vida. Descubra agora