[45] Carma

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03 de outubro de 2020;

Embora tivesse acordado mais tarde do que gostaria, Chaeryeong ainda queria buscar seu irmão para passar o fim de semana consigo.

Era cerca de onze da manhã quando ela sentiu um flash de luz em seu rosto, causado pelo sol que adentrou ao quarto de Lia — que também era seu — quando as cortinas se abriram pelo vento do lado de fora.

Ao perceber que o sol já estava forte, a ruiva buscou seu celular, que carregava em cima da mesinha de cabeceira ao lado da cama de casal e arregalou os olhos ao ver o relógio marcando onze horas. Lia não estava consigo, já havia se levantado.

O apartamento de cores claras não deixava ninguém dormir até depois daquele horário, pois era muito bem iluminado. Chaeryeong gostava daquilo, particularmente, lembrava sua antiga casa e trazia conforto. Sua namorada observando a vista da sacada foi a cena que viu ao chegar à sala de estar; as cortinas balançavam pelo vento. Devagar, foi até ela, pois não queria que ela lhe percebesse ali, e a abraçou por trás, o que a fez dar um leve sobressalto.

— Bom dia, amor! — Jisu se virou e a abraçou de frente, eufórica — Dormiu bem? Ontem foi cansativo...

— Bom dia, meu bem... — sorriu — Dormi sim, consegui descansar bem de ontem. E você?

— Que bom! Também dormi bem, apesar da preocupação com a Yeji e a florzinha.

— É verdade! — Chaeryeong se lembrou — Você tem notícias?

— Amor, a florzinha nasceu!

— O-o quê? — foi uma surpresa para si, ficou boquiaberta — Sério? E está todo mundo bem?

— Sim. Hyunjin me tranquilizou, porque falar com Yeji e Ryujin está impossível!

— Elas devem estar exaustas, e provavelmente estão babando demais na florzinha.

— Isso sem dúvida! — Lia saiu da sacada junto com a ruiva e seguiu para a cozinha — Vamos começar a fazer o almoço ou você quer buscar o Taeyong primeiro? — ela pulou para almoço porque café da manhã àquela hora estava fora de cogitação.

— Vamos buscá-lo. Ele deve estar ansioso.

— É verdade. — olhou para sua namorada, que tinha uma leve preocupação no olhar — Vamos trocar de roupa.

As duas se arrumaram em um suspiro, pois estavam com pressa. Chaeryeong mandou mensagem a sua mãe, avisando que estava indo, mas ela não foi visualizada, sequer chegou ao celular dela, mas não se preocupou, pois a internet poderia ter caído, como acontecia frequentemente enquanto morava lá.

Assim que chegou a casa que lhe dava suas piores lembranças, mas abrigava seu maior amor, Chaeryeong bateu no portão e pegou seu celular para ver se sua mãe havia visto a mensagem, porém estava como da última vez que olhou.

Tempo demais se passou e nenhum movimento foi detectado, então resolveu gritar:

— Mãe! Pai! Sou eu, Chaeryeong! Me atrasei um pouco, mas vim buscar o Taeyong!

Demorou um pouco, mas ela ouviu alguns passos barulhentos de dentro da casa e reconheceu-os, mas o dono deles mesmo se revelou:

— Chaery! Você veio! — Taeyong tinha alívio no tom de voz.

— Tae! É claro que eu vim! — se encostou no portão e olhou para sua namorada, dentro do carro, aliviada por seu irmão estar ali e bem — Onde estão a mamãe e o papai?

— Hm... Eu não sei. Eles saíram e não voltaram ainda... Disseram para não responder ninguém que batesse no portão, por isso não respondi antes.

AUTUMN | ryujin + yejiOnde histórias criam vida. Descubra agora