[54] Segurança

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10 de abril de 2021;

Ryuna nunca revirou os olhos tão forte quanto naquele momento, vendo quem estava em sua frente após atender a porta que foi batida diversas vezes.

— Desde quando você é um homem livre?

— Boa tarde para você também, Ryuna. — Heesung pigarreou e já ia entrando, mas a mulher bloqueou sua entrada — Desde ontem. — revirou os olhos.

— Hm. — olhou-o de cima abaixo — O que você quer?

— Quero falar com a minha filha.

— Nem pensar. — negou como se fosse uma ideia absurda, porque de fato era.

— Ryuna, ela é minha filha.

— Achei que ela tivesse deixado bem claro que não quer contato nenhum com você.

— Eu não posso deixar as coisas desse jeito! Ryujin é minha filha! — aumentou o tom de voz e adentrou a casa de vez, passando por cima do limite de sua ex-esposa.

— Ela não era sua filha quando você fez aquilo bem aqui neste chão, não é mesmo? — apontou — Eu me recordo exatamente da visão da minha filha coberta de sangue e desacordada! Podia jurar que ela estava morta!

— Eu estava bêbado...

— Não diz uma merda dessas! Você é um covarde que tentou assassiná-la e eu não vou deixar você chegar perto da minha filha outra vez! — seu tom era sério como nunca antes.

— Ryuna...

— Não quero saber, Heesung. Você morreu pra mim e pra Ryujin.

— Me deixe vê-la...

— Ela já não mora aqui há seis anos.

— E onde ela está? Eu realmente preciso conversar com ela.

— Não te interessa. Agora dá licença da minha casa. — pediu, irritada — E se você ousar em tentar ir atrás dela de outras maneiras, eu que vou atrás de você e te faço voltar para aquela penitenciária, tá me ouvindo? — apontou o dedo na face desagradável daquele homem — Me prometa que não vai ir atrás dela.

— Entendi... Eu prometo. — saiu pela porta, um pouco amedrontado — Eu só queria tentar resolver as coisas com a minha filha.

— O que você fez foi irreversível.

— Se você falasse com ela, talvez...

— Heesung. — chamou-o, ríspida — Você tentou matar a sua filha e você matou o seu neto ainda no ventre. Você não merece resolver nada.

— Se eu ligar para ela? Ela não precisa me ver pessoalmente.

Ryuna hesitou na resposta. Não podia falar com toda certeza por sua filha, embora a conhecesse e soubesse o quanto ela sentia repulsa somente de tocar no nome de seu pai. No final, sem uma resposta concreta, ela engoliu em seco ao responder:

— Eu não posso afirmar. — fechou a porta e se encostou nela.

E, antes que ele próprio conseguisse de alguma forma o celular de sua filha, a mãe ligou para ela. Não tinha mais ninguém que merecesse tanto a verdade quanto Ryujin. Por isso, Ryuna quem disse o que aconteceu.

AUTUMN | ryujin + yejiOnde histórias criam vida. Descubra agora