[50] O quão longe a loucura pode levar alguém?

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16 de novembro de 2020;

Cada minuto era uma tortura. Ryujin via aquele julgamento daquela forma.

Sentada na cadeira pouco confortável daquela sala de espera daquele tribunal, a jovem segurava sua filha nos braços com medo.

Esperou por uma eterna hora, ao lado de seu cunhado, até que Yeji saísse lá de dentro com a melhor notícia que poderiam ter: Gaeul era delas e apenas delas. E então, puderam seguir para casa e continuar suas vidas normalmente.

Dongsuk, por outro lado, ficou nos nervos ao ver que, dessa vez, a chantagem que fez com o juiz não havia dado certo.

— Qual a parte de muito dinheiro você não entendeu? Eu podia te pagar agora!

— Mas não vai. — o profissional refutou — Não quero dinheiro sujo dessa forma, e não da forma que fizemos meses atrás. Aquela criança merece ser tratada dignamente por uma mãe que a ama, não por você. Agora, se me der licença, a audiência já acabou!

— Você vai pagar por isso! — apontou o dedo na face do homem de mais idade, furioso.

— O mesmo para o senhor. Agora saia da minha sala. — pediu seriamente e o viu obedecer.

Talvez aquele juiz estivesse certo, assim como Yeji quando disse: "O que é seu ainda vai chegar, Dongsuk. Há consequências para seus atos."

Pois o que era dele, realmente chegou.

Naquela tarde de segunda-feira, enquanto Ryujin dirigia seu carro com destino ao condomínio onde ela e Yeji moravam, um carro veio no sentido oposto e só não se chocou contra o seu porque virou bruscamente para a esquerda e caiu precipício abaixo no rio que havia ali embaixo da rodovia.

Coincidentemente, ou não, o carro era o de Park Dongsuk.

— Você está bem? — a de cabelos rosa perguntou a namorada, desesperada, que assentiu — Gaeul está bem? Vocês dois? — se referiu a Hyunjin e Momo.

— Aquele carro... Era o carro do Dongsuk.

Yeji percebeu que sua filha havia se assustado, mas não chorou por conta disso, o que lhe acalmou e fez tomar coragem para passar por cima de seu irmão e descer do carro antes que eles dissessem mais alguma coisa.

— Estamos bem. — Hyunjin respondeu por ele e sua sobrinha.

— Isso foi aterrorizante, mas estou bem. — a advogada tinha seus olhos arregalados.

A estilista, do lado de fora, foi até onde a barreira de ferro havia sido derrubada e, com cuidado, olhou lá embaixo. O veículo estava de cabeça para baixo, metade imerso dentro d'água.

Só de imaginar o que poderia ter acontecido, Yeji começou a sentir sua visão escurecer e era como se tivesse um zumbido em seu ouvido.

Ryujin saiu do carro numa velocidade absurda quando percebeu algo errado com ela e foi até lá, segurou-a e chamou seu nome várias vezes, mas ela não conseguia responder.

Nesse instante Hyejin chegou em seu carro e Yeji botava o que nem tinha comido para fora. Dongsuk tinha perdido o controle, literalmente. E naquele momento ele estava em um carro capotado em um rio, sabe-se Deus se vivo.

— O que aconteceu? — a mãe dele saiu de seu automóvel tão rápido quanto Ryujin anteriormente e tinha extrema preocupação em seu olhar ao seguir em direção a de cabelos rosa e a morena.

Yeji, que havia parado de gorfar e estava apenas apoiada na barreira, sendo acuada por sua namorada, não conseguiu responder a pergunta da ex-sogra. Chegou a olhá-la por alguns instantes, mas não conseguiu dizer nada, pois voltou a passar mal, mesmo não tendo mais absolutamente nada em seu estômago.

AUTUMN | ryujin + yejiOnde histórias criam vida. Descubra agora