capítulo 36| tarde demais

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Ethan

Repasso a cena em minha mente e começo a sorrir, enquanto tomo mais um gole da ...acho que é a quinta ou décima quinta garrafa de Bourbon.

Mas a verdade verdadeira é que estou fazendo de tudo, para não lembrar dela por que, minha cabeça dói só de pensar em tudo que passamos na ilha e agora estamos assim, como dois desconhecidos, eu a respeito e entendo a mesma, as suas razões para não querer algo comigo,  são totalmente aceitáveis, o duro é saber que eu não posso ser digno para ela.

__ mas que merda!__ esbravejo jogando a garrafa contra a parede.

Os estilhaços de vidro cortaram a minha mão e suspiro.

Deixo o sangue escorrer enquanto caminho até a minha adega e pego mais uma garrafa de whisky, a  coloco sobre a bancada, me sirvo e sento-me no banco.

Levo a bebida até os meus lábios e o gosto de álcool me faz ter uma falsa calma que sei que preciso, as pessoas acham que sou um alcoólatra, mas a maioria das vezes em que bebi, lembro exatamente de tudo o que fiz e o porre é só para tentar apaziguar a merda que está em minha mente.

Pego meu celular, o desbloqueio e começo a procurar o número de uma antiga submissa minha, talvez se foder a mesma, eu me sinta melhor.

Clico no número, mas assim que começa a chamar eu lanço meu celular na parede.

Apoio meus braços sobre a bancada e passo as mãos no meu cabelo.

__ o que você fez comigo sua praga?

Praga maldita, e deliciosa.

Não posso ficar pensando nela, se pretendo foder outra pessoa, não posso ficar me lamuriamdo com bebidas se tem uma boceta me esperando a hora que eu quiser.

Mas não quero nada disso! Só quero ela, só preciso dela.

A pior batalha que já enfrentei é essa, e o inimigo sou eu mesmo.

Que ironia da vida, o que não queria se apaixonar, não consegue foder uma mulher por estar totalmente apaixonado por uma que não o quer.

Escuto uma batida na porta e acho estranho, disse aos meninos que queria ficar sozinho, deve ser o Matteo querendo me dizer coisas legais que não estou interessado em ouvir.

__ vai embora Matteo, não quero lição de moral e muito menos saber que sou boa pessoa, e bla, bla, bla, bla.

Mas nada é dito, e novamente tornam a bater na merda da porta,  contra a minha vontade levanto e caminho até a mesma.

Mas assim que abro a porta, meus olhos mal podem crer no que vêem.

__ o que veio fazer aqui?__ questiono não disfarçando a minha mágoa.

__ conversar.

__ sinto muito, mas eu não quero falar sobre nada.

__ Ethan, por favor, me deixe conversar com você.__ pede e ignoro o seu olhar de tristeza.

__ não, se eu te deixar passar, estarei baixando a guarda e não quero essa merda novamente.

Libertada Pelo Mafioso - livro 3 - série: Mafiosos Impecáveis Onde histórias criam vida. Descubra agora