Libertada Pelo Mafioso - livro 3 - série: Mafiosos Impecáveis

capítulo 61| cerejinha

Mali

__ está com medo ou ansiosa, por que não para de contar os seus dedos.__ Ethan me pergunta e suspiro.

__ é difícil esconder as coisas de você.

__ você é muito transparente, e eu muito observador, a combinação perfeita meu anjo.__ diz e dou um meio sorriso.

__ tem certeza que ninguém sabe que estamos por aqui?

__ sim, se alguém souber você é a princesa da Rússia, tudo resolvido.

__ e aí o titio Vlad vai me encontrar.

__ e o que eu te ensinei?

__ para deixá-lo em pedacinhos e depois dá-lo para os cães, apesar de achar que os pobresinhos podem ter uma indigestão.

Ele me encarou por longos segundos e depois sorriu.

__ estou tão orgulhoso de você meu bibelô.__ fala e gargalho deixando toda a tensão ir embora do meu corpo.

Estaciona o carro próximo a uma construção antiga, paredes cobertas de teia de aranha, janelas lacradas com tábuas de madeira e grades, a porta da frente era feita de ferro, e haviam árvores secas impedindo a nossa passagem.

__ vamos ter que ir caminhando daqui.__ avisa e descemos do carro indo a pé até a porta.

__ porque não tem seguranças?__ questiono e ele sorri de lado.

__ um homem exilado não tem para onde fugir, a casa é só a fachada, mas ele vive mesmo é no sótão dela.

__ como você sabe disso?

__ sou um mafioso bem informado, e não tem seguranças por que ele não recebe ajuda para fugir, foi deixado aqui para morrer e colocaram o nome falso nele afirmando que seria o dono da casa e não quer visitas.

__ qual o nome?

__ Dom Alexandre, qual é, esses russos tirando você é claro, são muito bobos, Alexandre já morreu, há muito tempo, eu só liguei os fatos e fiz um pouco de pesquisa.

__ você é muito inteligente isso sim.

__ uma mente brilhante, Einstein teria inveja de mim__ diz e eu gargalho.

Andamos para o lado detrás da casa, ele abriu a porta com um grampo de cabelo, como? Não sei.

Assim que ele a empurra fazendo um som horripilante até estar totalmente aberta.

Ele pega a arma e vai na frente, pisando com cuidado.

__ me siga, só pise onde eu pisar entendeu?__ me pergunta e faço que sim, e caminhamos com cuidado até estarmos na porta do sótão.

__ você primeiro __ falo e ele sorri me mostrando a língua.

__ claro que sou eu, se alguém tem que sair vivo daqui, esse alguém é você__ diz e sorrio.

Antes de descermos a escada, observei a casa e não tinha nada, além de móveis cobertos por lençóis brancos, e teias de aranha, era um mausoléu triste e solitário, e me dói, me dói muito imaginar e ter certeza que meu pai passou tanto tempo aqui, sozinho.

A energia deste lugar é caótica.

Assim que descemos a escada havia mais uma porta, Ethan tornou a abri-la e a imagem que vimos fez meu coração quebrar um pouco mais.

Meu pai, acorrentado pelos pés e sentado em uma cadeira encolhido no canto da casa, observo que há uma geladeira velha, um fogão em péssimas condições e comida enlatada.

Seu rosto estava coberto por uma barba grossa e longa, o cabelo grisalho também estava grande, o corpo magro e esguio, mas ele é grande, tem algumas tatuagens e a julgar pela roupa está folgada em seu corpo, ele perdeu bastante peso.

E assim que seus olhos cruzaram com os meus ele sorriu, um sorriso tão bonito e feliz, mas parecia desacreditado.

__ K-K-K-Kaila! É v-v-você meu amor?__ pergunta e enquanto analisava meu rosto.

__ não, pai, sou eu, a Malina, sua filha__ falo e sua expressão se torna furiosa.

__ mentirosa! A minha filhinha, a minha linda malisinha, morreu, faz tempo, pare de mentir, porque me TORTURA DESTA FORMA!__ diz, claramente delirante.

Ethan se aproxima e o homem começa a pronunciar algumas palavras em russo, e por incrível que pareça eu estava entendendo tudo.

Como? Como, se eu nunca sequer falei uma palavra em russo.

" me esconda, ele vem atrás de mim"

" por favor, me esconda, não deixe ele me ver"

Com certeza ele estava se referindo ao desgraçado do meu tio.

Eu o odeio.

Ethan conversa com ele e explica as coisas aos poucos, pede que o solte e ele o faz.

Se aproxima de mim devagar e sorrir.

Analisa meu rosto, trazendo sua mão até o mesmo e acaricia minha bochecha.

__ você se parece tanto com ela, tão linda quanto sua mãe, céus, kaila teria tanto orgulho de você meu doce mar__ disse, e seus olhos lacrimejaram e ele começa a chorar.

__ não chore__ peço segurando em seu rosto, o acariciando.

__ perdoe-me por não ter protegido você cerejinha__ ele fez uma pausa e sorriu de forma tão terna.

__ era assim que ela chamava você, agora vocês tem que ir embora.__ disse e Ethan e eu o encaramos, mas o Ethan parecia saber de tudo.

__ " nós " temos que ir embora pai, você vem conosco__ falo e ele olha para o ruivo ao meu lado.

__ não contou a ela?__ pergunta e agora, alterno o olhar entre os dois.

__ um exilado não pode sair do seu exílio a menos que o dom ou o responsável pela máfia ordene__ Ethan me explica e eu o encaro.

__ como? Como? Como eu não posso levá-lo, Ethan, não podemos deixá-lo aqui para morrer, não posso perde-lo__ falo chorosa e ele suspira.

__ Senhor Nicolai, se o senhor continuar aqui, irá morrer.__ Ethan diz e agora meu pai suspira.

__ e se me levarem quem irá morrer serão vocês, não vou carregar este fardo de culpa novamente, cerejinha você está viva, e agora pode seguir sua vida com um rapaz que ama você e que irá protege-la do seu tio.

__ NÃO!__ esbravejo irritada.

__ não irá ficar aqui, e se é a mim que ele procura, irei me entregar__ concluo e os dois fazem a mesma cara de surpresa.

__ não pode!__ meu pai diz e eu respiro fundo.

__ então venha comigo pai, não posso deixá-lo aqui.

__ filha, você não entende, se eu sair do exímio eles podem me matar sem culpa e matar você também, e ainda podem declarar guerra contra o seu namorado, filha não posso ser o causador de uma guerra que está em trégua a mais de cinquenta anos.

__ senhor Kovalenko, tem de vir conosco se não, ela vai se entregar e eu nunca deixaria que eles a tirassem de mim, nunca__ Ethan diz e meu pai nos encara triste.

E eu, estava esperançosa, por que se ele não viesse, sei muito bem o que farei.

__ eu vou!__ disse e sorrio o abraçando.

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Tá vindo aí, uma coisa muito forte ...

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