Capítulo 9 - Enrico

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Mal podia acreditar que minha pequena estava novamente em casa. Aqueles últimos dois meses foram um pesadelo para mim. Depois de tudo o que passamos, finalmente estávamos dormindo em nossa cama e juntinhos, sem as interrupções das enfermeiras entrando a noite toda, nem do medo constante de perdê-la. Apesar do que estávamos passando, consegui sentir uma paz que há muito tempo não sentia, consegui relaxar e dormir tranquilamente.

Acordei com o Sol entrando pela janela do quarto e tomei um susto.
Não conseguia dormir a noite toda desde o acidente, então eu estava muito esgotado. Dei um pulo da cama e vi que já eram onze horas da manhã. Nunca tinha dormido tanto em toda minha vida. Sai a procura da minha pequena e a encontrei deitada numa esteira no meio da sala. Uma mulher vestida de branco a estava ajudando, dizendo o que ela tinha que fazer. Ao me ver, a mulher ficou sem reação e sem piscar também. Só então percebi que estava de pau duro. Maldita ereção matinal.

Aylla também se virou e ao me ver deu um grito.

- ENRICOO!

- Desculpe, é que eu não sabia onde você estava e... É melhor eu voltar para o quarto. - Sai de lá me cobrindo com as mãos e todo sem graça. Sentei na cama sentindo minha cara queimar de vergonha e logo em seguida Aylla entrou dando risada. - Não fala nada.

- Mas eu não ia falar mesmo.

- Eu tomei um susto quando não te vi na cama, nem me lembrei que você tinha fisioterapia hoje.

- Pois é. E pelo visto acordou com saudade de mim. Está todo animado.

- Sempre estou. - Ela se sentou ao meu lado e encostou a cabeça em meu ombro. - O que foi, está com dor?

- Não. Estou sentindo raiva de mim mesma por não poder fazer nem amor com você. Me tornei uma inválida até para o sexo.

- Não estou com você só para sexo. Claro que sinto falta disso, afinal você é incrível na cama. Mas amo você pelo que você é. Por seu coração, seu cérebro e sua alma boa. Esse sorriso que me deixa sem fôlego e essa sua língua afiada. Ah! E como eu amo essa língua. Mas seus olhos, Aylla... Seus olhos me despem até os ossos quando me olham de uma maneira só sua.

- Que maneira?

- Com esse amor incondicional. Você é muito transparente na forma como me olha.

- Não tenho como evitar. Amo tudo em você. Só queria poder me dar por inteira e não aos pedaços.

- Não fala besteira. Você é todinha minha, seja da forma que for. Vou tomar um banho, preciso me acalmar.

- E eu vou ver se minha fisio ainda está viva. Depois de ver um gostoso como você e de pau duro, acho que ela nunca mais vai se recuperar.

- Para com isso. Já estou constrangido de mais. Não coloque mais lenha na fogueira. Nem apareço mais por lá até ela ir embora.

- Não apareça mesmo ou terei que matá-la. Não é para mostrar toda essa gostosura para mais ninguém, além de mim.

- Ele é todo seu, amor. - Deitei na cama apoiando os cotovelos, a provocando deliberadamente.

- Não me tente ou caio de boca agora mesmo até mesmo com dor.

- É melhor não querida. Volta para a sala. - Ela me deu um beijo e saiu do quarto, me deixando ali sentindo seu cheiro, frustrado e com muito tesão.

Tomei uma ducha rápida e como não tinha nada para fazer, resolvi malhar um pouco. Não tinha uma academia como a minha ali, apenas uma esteira e uma bicicleta, então tive que improvisar. Corri até minhas pernas arderem e depois resolvi fazer algumas flexões.

- Você quer mesmo me matar hoje assim todo suado, não é, senhor Enrico?

Aylla estava atrás de mim e seus olhos me queimavam de tanto desejo.

Me aproximei e a peguei no colo, fazendo sua muleta cair. A deitei na cama bem lentamente para não machuca-la e a beijei.

Ela usava apenas um top e um short de ginástica que marcavam demais seu corpo delicioso. O tempo que passou internada a fez perder muito peso, mas mesmo assim continuava linda da mesma forma.

- Sei que não podemos nos amar. Mas posso te fazer gozar muito agora. O que me diz?

- Que você está perdendo tempo falando.

- Vamos fazer um 69 bem gostoso. -
Ela apenas concordou lambendo os lábios.

Subi em cima dela já tirando minha bermuda e a ajudando tirar aquelas peças minúsculas.

- Porra, que saudade. Será que essa bucetinha sentiu falta da minha boca?

- Muita, assim como minha boca sentiu falta do seu pau nela.

Paramos de falar e começamos a nos chupar. Não abri muito suas pernas para não machucá-la, mas abri seus lábios vaginais com meus dedos e passava a língua bem de leve sobre seu clitóris.

- Como você está saborosa e... Depiladinha. Você e seus truques. Quando fez isso?

- Segredinhos de mulher. Agora enche sua boca com ela e me chupa bem gostoso.

Nos chupávamos com muita vontade, afinal foram meses sem sentir a textura de nossos corpos assim colados e nossos sabores impregnados um no outro. Embora quisesse muito fazer amor com ela, eu sabia que não podíamos. Ela ainda estava de resguardo e por determinação médica, deveríamos nos abster por mais algum tempo. Mas nada proibia de nos tocarmos e de nos acariciarmos a todo momento.

Vidas Cruzadas Parte IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora