Capítulo 31 - Enrico

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   — Não vejo a hora de sentir você, pequena. Estou morrendo de tesão.

   — Fala baixo Enrico. Não estamos sozinhos.

   — Pra quê. Somos apaixonados. Todo mundo sabe o que casais apaixonados fazem. Sexo, sexo e mais sexo.

   — Enrico para. Sossega.— Aylla tentava tirar minhas mãos dela, mas era impossível. Ela era toda cheirosa e aquele corpo macio me deixava doido.

   — Não paro e não sossego. Você é minha. Onde está minha Aylla exibicionista? Traz ela aqui, quero conversar com ela e sem roupa.

   O segurança olhou para trás e deu de cara comigo.

   — Se pensar em olhar para nós novamente, te demito, entendeu? — Ele apenas desviou o olhar de volta para a pista.

   — Chega, Enrico. Se comporte.

   — Não consigo. Você é a minha Aylla. A luz da lua na minha vida. Você é tão linda e maravilhosa, minha pequena. Vamos dançar? — Ela balançou a cabeça e deu um sorriso tímido.

   — Não tem como dançarmos aqui.

   — Claro que tem. Eu sou Enrico Cavalcante. Eu posso tudo. Para o carro agora. — Ordenei ao motorista.

   — No mesmo instante o segurança foi para o acostamento e estacionou.

   — Está doido. —Ela estava surpresa com minha atitude e tentou me impedir de sair do carro.

   — Sempre fui. Por você. — Abri a porta do carro, a puxei para fora e mandei o motorista colocar uma música no Bluetooth do carro no último volume. Todos os outros seguranças se posicionaram um pouco distante de nós, nos dando privacidade e a aninhei em meu corpo para uma dança.

   — Você é maluco. Está um gelo aqui fora e estamos no meio do nada.

   — Pois eu vejo tudo. Tudo o que preciso para ser feliz está bem aqui grudadinha em mim. Eu só preciso de você e de mais nada, meu amor. Eu vou te amar cada dia mais, me dedicar a te fazer feliz e a realizar todos os seus sonhos. Eu vivo por você e para você, Aylla.

   A musica Have You Ever Really Love a Woman de Bryan Adams estava tocando enquanto eu dizia aquelas palavras que a faziam derreter em meus braços.

   — Só você mesmo amor, para me fazer tão feliz.

   — Você pode até me chamar de antiquado, mas nunca dirá que eu não sei te amar. Serei seu eterno Dom Juan, dedicarei meus dias para te fazer feliz e te prometo que nunca mais você perderá esse brilho no olhar — dizia aquilo com a boca mole, mas com o coração transbordando daquele sentimento.

   — Você é muito mais que um Dom Juan, amor. Você é o meu Enrico, meu eterno amor e o bêbado mais lindo e romântico que eu já vi.

   — Dançamos ao som daquela linda e nostálgica canção, mas eu queria mais, precisava demais de Aylla.

   — Eu prometo te fazer feliz não somente por essa noite, mas em todas que virão. Prometo te alegrar de manhã e quando a tarde cair, serei seu repouso, seu descanso e quando as madrugadas forem frias como essa, te prometo ser o teu cobertor e te aquecerei com o meu amor. Você nunca mais sentirá frio, nem dor. — Deixei que as lágrimas rolassem de meus olhos. Só de lembrar tudo o que ela foi obrigada a suportar, me cortava o coração. Mas eu não iria mais deixar que nada acontecesse. Eu seria seu escudo. Sempre.

   Ela me puxou para um beijo e sentia o sal de nossas lágrimas se misturarem com o sabor doce de seus lábios. Eu não queria estar em outro lugar do mundo naquele momento.

Vidas Cruzadas Parte IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora