Capítulo 32 - Enrico

66 14 2
                                    


Assim que chegamos na parte externa daquela imensa estufa, Aylla se soltou de mim e percebi que um aglomerado de pessoas se organizavam no pátio. Uma melodia orquestrada começou a tocar e Aylla se juntou àquelas pessoas, se pondo logo a frente de todos.

Fiquei paralisado, vendo que todos estavam posicionados em minha direção e quando a música começou a ser cantada pelo coral, Aylla também os acompanhava.

Me aproximei e Aylla posicionou uma mão sobre o coração e a outra estava apontada para mim. Lágrimas corriam dos nossos olhos e vários turistas que passavam pelo local, pararam e cantaram junto aquela declaração pública de amor que minha pequena estava fazendo para mim.

Assim que a música acabou, todos aplaudiram muito enquanto eu me aproximei dela e nos beijamos.

- Eu te amo, Enrico. Não sei como agradecer por você existir e estar na minha vida todos os dias, me amando e cuidando de mim.

A tirei do chão e a girava no ar. Assobios eram ouvidos de longe. A orquestra continuou a entoar aquela melodia um pouco mais baixo enquanto não nos desgrudávamos.

Quando finalmente a soltei estávamos hipnotizados, presos um no olhar do outro.

- Como você conseguiu fazer tudo isso?

- Você não me conhece? Dou um jeitinho para tudo.

- Eu não desconfiei de nada, sua danadinha.

- A ideia era exatamente essa mesmo. Mas agora vamos embora que tenho outra surpresinha.

Agradecemos todas as pessoas que estavam presentes e nos afastamos.

- Para onde vamos? Chega de surpresas, pequena.

- Agora nos só iremos almoçar. Estou morta de fome.

- Você pensou nisso também, aposto.

- Aposta ganha, senhor Cavalcante. E então será que fui um pouco romântica hoje, claro que não chego aos seus pés, mas eu juro que tentei.

- Você foi romanticamente sex. foi perfeita pequena.

- Eu pensei em cantar montada num cavalo branco, mas fiquei com medo dele se assustar e eu ir parar no pronto socorro.

- Melhor mesmo sem cavalo, pelo menos por enquanto. - Caímos na risada e partimos rumo ao restaurante.

Mas assim que chegamos ao carro, um dos seguranças me chamou.

- Senhor Cavalcante. Preciso tirar uma dúvida com o senhor sobre a troca do turno e alguns problemas que tivemos.

- Não poderia ser depois? Estou indo almoçar.

- Infelizmente surgiu um imprevisto e se o senhor puder me ouvir agora, eu agradeço.

Percebi que ele estava muito nervoso e certamente esse imprevisto não tinha nada a ver com os outros seguranças. Como estava ventando forte, pedi que Aylla me esperasse no carro, enquanto eu resolvia aquele problema.

Afastei-me do veículo o suficiente para que ela não nos ouvisse e quando estávamos um pouco distante, olhei para o carro e Aylla falava animadamente ao celular. Melhor assim.

- Fala de uma vez o que está havendo? - esbravejei com o segurança.

- Nós recebemos outra encomenda destinada a senhorita Aylla.

Vidas Cruzadas Parte IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora