Capítulo 25 - Enrico

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   Depois de horas de viagem, algumas paradas para descansarmos e Aylla me fazendo gozar duas vezes com seus boquetes, finalmente ela pegou no sono até chegarmos em nosso destino.

   — Pequena, acorda. Para de babar no meu ombro.

   — Eu não babo, seu cretino.

   — Mas ronca demais. Acorda, chegamos.

   — Eu não ronco. Você está querendo apanhar? — disse ainda sonolenta.

  Nunca havia ido pessoalmente naquele hotel. O conhecia apenas por fotos, mas pessoalmente ele era muito mais bonito.
 
   Como chegamos de madrugada, a recepção estava quase vazia. Mesmo assim, algumas pessoas estavam se hospedando naquele momento.

  Fomos recebidos pelo gerente, que nos esperava. Eu o conhecia, pois havia ido para SP há alguns meses para uma reunião. Todos meus funcionários sabiam quem eu era, mesmo que por fotos. Fazia questão que todos soubessem de quem se tratava assim que chegasse em minhas propriedades.

   — Boa noite senhor Enrico. Fizeram boa viagem?

   — Boa noite André. Fizemos sim, obrigado. Esta é minha noiva, Aylla. Aylla esse é o André, gerente do hotel.

  Os dois se cumprimentaram e notei olhares muito estranho entre os dois. Será que se conheciam? Claro que não. Foi apenas impressão.

   — Nosso quarto esta pronto?

   — Está, sim senhor — disse, voltando o olhar para mim.

   — Viemos com duas equipes de seguranças como informei, acomode os que irão descansar agora. Quero que todos sejam tratados como se fossem hóspedes. Também não quero que paguem pelo que consumirem. Apenas não quero que seja servido bebida alcoólica a ninguém. Se ver, me avise imediatamente.

   — Certamente, senhor. —  novamente ele olhou para Aylla que desviou o olhar. Aquilo estava me incomodando, mas não quis me indispor naquela hora.

   — Não quero que ninguém se aproxime de nós ou de nosso quarto. Deixe apenas duas pessoas de sua confiança para cuidar da suíte e não quero ninguém com celular. Eles serão revistados antes de entrar e ao saírem.

   — Não se preocupe, nenhum funcionário tem autorização para usar celular durante o expediente. Isso não será um problema.

   — Melhor assim. Não quero que ninguém saiba que estou aqui. Viemos aqui para descansar e terei que responsabiliza-lo se algo nosso vazar para a imprensa.

   — Fique tranquilo, isso não acontecerá. Thomas, leve o senhor Enrico e a Senhorita Aylla para a suíte presidencial.

  Thomas! Só podia ser brincadeira. Aylla se agarrou em mim e segurou em minha mão a apertando.

   — Calma amor, não é ele.

   — Eu sei. Mas não consigo controlar. Desculpe.

  Seguimos aquele rapaz até o elevador, com Aylla quase se pendurando em mim.

   — Faz tempo que você trabalha aqui, rapaz?

   — Quase dois anos, senhor — respondeu com a cabeça baixa.

   — E o que acha do trabalho. Seja sincero.
   — Eu adoro trabalhar aqui. Ganho muita gorjeta e ainda consigo fazer minha faculdade durante o dia. — Eu queria mostrar a Aylla que um simples nome não poderia deixa-la acuada. Não era de conversar amenidades com meus funcionários, mas queria fazê-la perder seu medo.

Vidas Cruzadas Parte IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora