Capítulo 43 - Enrico

61 12 1
                                    


Domingo amanheceu tão quente quanto meu sangue, que ferveu ao ver o tamanho do biquini que minha noiva colocou para irmos à praia.

- Você não vai sair com esse escândalo de biquini.

- Eu vou sim. Não poderemos tomar Sol e nem entrar no mar, então não terá problema se eu ficar de fio dental debaixo de um guarda Sol imenso.

- Você é ardilosa, Aylla, sei que vai fugir para o mar.

- Não vou. Pode confiar. Esqueceu que o tatuador nos proibiu?

- Então se é para ficar na sombra, nem precisamos ir. Melhor ficar em casa e aproveitar o ar condicionado.

- Nem pensar, quero sair um pouco. Quero ver o mar. Você prometeu que iríamos.

- Tudo bem, mas não vamos demorar. Quero descansar um pouco.

- Fala como se eu te cansasse - ela deu uma piscadinha maliciosa e seu telefone tocou bem quando eu iria responder.

Era Karim. Desde que voltaram a se falar, ele voltou a ser o mesmo protetor de antes. Percebi que se esforçava para dar espaço para a irmã e mudou o tom com que a tratava. Passou a respeitar mais as suas vontades e na verdade eu parei de me importar com isso. Pois quanto mais gente para vigia-la, melhor. Porém não deixava de querer notícias dela sempre que tinha oportunidade.

- Para com isso abi. Já disse que estou bem. O Enrico não me larga nem para ir ao banheiro, fica tranquilo... Eu sei... estou sim, tomando direitinho.... Não vou esquecer... Mando sim... Da um beijo na Isa e nas crianças. Gule gule (tchau).

Ela desligou e ficou de costas para mim, expondo aquele bumbum redondinho e grande, que o biquini não tampava nada. Se virou de volta e quase pude ver seus mamilos rosados. Ela era muito peituda e iria acabar com o juízo dos homens na praia, incluindo o meu.

Tinha que dar um jeito de mantê-la longe de todos aqueles marmanjos batedores de punheta.

- Amor, acho que não estou passando bem.

- O que está sentindo? - Ela se aproximou, colocando a mão em minha testa

- Eu não sei. Acho que foi algo que comi no café da manhã.

- So pode ter sido os sonhos. Se entupiu de tanto comer e agora está ai, passando mal.

- Pode ser. Meu estômago está doendo. - Me joguei na cama, simulando estar com dor de verdade.

- Poxa vida, queria muito aproveitar a praia, mas já que não está bem, vou ficar aqui com você.

- Imagina. Pode ir, ficarei bem.

- Não vou mais. Ficarei aqui com você. Vou fazer um chá e já venho.

Fui atrás dela e me deitei no sofá. Me senti culpado na mesma hora. Eu não iria para o céu, mas pelo menos a impedi de sair vestida daquele jeito.

Ela se sentou ao meu lado no sofá me fazendo tomar todo aquele chá amargo. Depois me deitei em seu colo, enquanto ela fazia carinho em meus cabelos. Fechei os olhos e acabei cochilando.

- Se sente melhor? - Abri os olhos e tentei me situar de onde estava. Ela continuava sentada e ainda me fazia carinho.

- Estou um pouco sim. - me virei e deslizei um dedo por dentro de seu biquini, chegando até sua tatuagem de morango, desfiz o lado que prendia aquela peca minúscula e Aylla protestou.

- Você está dente, não tente fazer nenhum tipo de esforço, comporte-se. - Ela tirou minha mão de onde estava e a colocou em cima de meu peito. Fiquei virado de frente para ela e novamente levei minha mão até a parte de cima, passando os dedos bem de leve em seus mamilos.

Vidas Cruzadas Parte IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora