q u i n z e

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Hoje eu estava pensando em fazer uma maratona de 5 capítulos e até tinha comentado com a gravidinha sobre isso, mas meu dia vai ser muito puxado e ontem não deu tempo de escrever mais capítulos por que eu cheguei morta do trabalho. Então, perdoem essa autora que vos fala e segue o baile.

Amanhã prometo que tem maratona!!!

- Rafaela Narrando 😆 -

- Fernando, dá pra parar de andar correndo? Eu sou sedentária! - Falo correndo atrás dele.

Eu sou pequena, ele é grande. 1 passo dele é 3 meu. E ele andando rápido, parece que tô correndo uma maratona.

- Me deixa sozinho, tô louco pra matar um. - Ele diz andando rápido.

- Para com isso, você não é assim! - Falo e já estou com palpitações.

- E como você sabe quem eu sou? Só me conhece tem 1 dia. Eu sou bandido, BANDIDO! - Ele diz algo e por uma fração de segundo, eu consigo alcançar ele.

Puxo o braço dele e ele se vira respirando fundo.

- Tudo bem, só te conheço tem um dia, ok. Mas porra, você me ajudou quando ninguém me ajudou, você pulou o muro da minha casa só pra ter certeza de que eu não tinha me matado, tu tá do meu lado o dia todo, me acompanhando de cima pra baixo só pra eu não fazer besteira. Tu pode ser bandido, mas é pessoa boa. Então, para por favor. - falo tudo muito rápido e quando vejo estou procurando todo o ar que eu perdi.

Respiro fundo, muito fundo e me recupero.

- Foi como eu disse pro coringa, Fernando. Eu não preciso mostrar pro morro o que o Guga fez comigo e nem você precisa mostrar. Nós sabemos as marcas que ele nos deixou e nada mais importa. Por favor, para só um pouquinho de ser teimoso. - Falo gesticulando.

- Aqui não é lugar pra isso, pô. Bora pra casa. - Fernando diz e subimos calados, dessa vez bem mais devagar.

Chegamos na minha casa e quando vou fechar o portão, o coringa surge do quinto dos infernos.

- Posso? - Ele pergunta estacionando a moto.

- Já desceu da moto mesmo, né. - Volto a abrir o portão e ele entra com o povo tudo olhando.

- Perdeu alguma coisa aqui? Tem nada pra olhar não. - Coringa fala puto e eu empurro ele pra dentro.

- Tem como vocês pararem de ser tão briguentos? Que porra! - Falo e tranco o portão e a porta.

- Tá fazendo o que aqui, meu bom? - Fernando pergunta pro Coringa.

- Vim ouvir a conversa de vocês. Cadê o sofá? - Ele pergunta tentando entender o que aconteceu.

- Eu joguei fora. Senta no chão. - Falo e vou em direção a geladeira.

Pego um pack de cerveja que está bem gelado e levo pra sala.

Gustavo sempre fez questão de abastecer a geladeira com longe neck império e eu não fazia questão, mas agora eu faço.

- Eu vou resolver isso, pô. - coringa diz abrindo uma cerveja.

- Porra menor, a questão nem é falarem não, tá aí é pra ser falado mermo, mas é o que tão falando que me incomoda pô. A mina aí sofreu abuso, tortura e os caralho a quatro... Eu tô sem minha mãe a dois anos por que o infeliz do Guga mandou ela pro coma e eles vem botar essa porra de bom. Vai tomar no cu, pô. - Fernando diz e pega um cerveja também.

Faço o mesmo e me sento no chão.

Eu não sabia disso que aconteceu com Fernando e me sinto culpada.

- Me desculpa por toda essa confusão, Nando. - falo e bebo um gole da cerveja.

- Para com essa porra, pô. - Fernando diz e taca a tampinha da cerveja em mim.

- Eu vou te quebrar e eu tô falando sério. - Falo apontando pra ele.

- Vocês tão se dando bem, né. - Coringa diz e dá um gole na cerveja.

- O inimigo do meu inimigo é meu amigo, pô. - Fernando diz e eu dou uma risada.

- Uma pergunta, eu tô sobrando? - Coringa pergunta e eu olho pra cara do Fernando que olha pra minha cara.

1, 2, 3.

Caímos na risada de deitar no chão mesmo.

- Eu com essa fedorenta? Puta que pariu, coringa.- Fernando diz gargalhando e eu dou uma risada alta.

- Vai se fuder, Fernando. Eu tomei 4 banho hoje e tu? Tu tomou 1. - Falo rindo.

Coringa olha pra nossa cara sem entender nada e eu paro de rir, me sentando no chão novamente.

- Não, você não tá sobrando. - Falo rindo ainda e tomo mais um gole. - Isso aqui...- Aponto pra mim e pro Fernando. - É só amizade e apenas amizade.

- Ih qual foi, Rafaela? Fiquei magoado agora. - Fernando diz levando a mão no coração.

- Fica assim não gatinho, é que você é muito emocionado. Você quer ser de uma só e eu quero ser de todos. Pique branca de neve. - Falo e coringa dá uma risadinha. - qual foi?

- Nada não, pô. - Ele diz tranquilo e calmo bebendo sua cerveja.

- Mas falando sério agora, quero nem ver homem na minha frente agora. Só vocês dois mesmo. - Falo sincera.

- Eu tô pensando em desligar os aparelhos. - Fernando diz aleatoriamente e eu e o coringa encaramos ele.

- Não tem mais jeito mesmo? Tem certeza? - Pergunto e ele tá com os olhos cheios de lágrimas.

- Não, deu pau na cabeça dela. Eu vou perder minha véia. - ele diz e começa a chorar.

Coringa me olha sem entender nada e eu olho coringa sem entender nada, enquanto o Fernando chora.

Me arrasto até ele e tiro a cerveja da mão dele.

Me sento do lado dele e ele me encara.

- Deita aqui, bora Fernando. - Falo e ele deita a cabeça na minha perna, Fernando chora. - Tô aqui, viu? Pode chorar.

Não é como se o Fernando fosse minha responsabilidade, sabe? Mas é como se eu precisasse cuidar dele e lhe entregar todo carinho do mundo, por que era disso que ele tava precisando e era a única coisa que eu poderia fazer por ele.

Coringa fica olhando pra mim e Fernando, enquanto eu faço carinho nos cabelos de Fernando e ele chora de soluçar na minha perna.

Era Uma Vez...Onde histórias criam vida. Descubra agora