Era Uma Vez...

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Genteeee, me segue. Eu sou maneira, eu juro!!!

- Ana Júlia Narrando -

Provavelmente você não deve saber quem sou eu, mas não tem problema.

Eu me apresento, muito prazer em conhecer você, meu nome é Ana Júlia, mas o meu vulgo é morte. Sou a comandante do comando vermelho, ou como eu costumava dizer, comando amarelo.

A minha história é a trilogia MAKTUB e se você quiser pode ir lá ler, garanto que vão gostar.

Mas, não vim aqui pra contar sobre a minha vida. O que vocês precisam saber, tá aí.

Sou a comandante do comando vermelho, eu que mando na porra toda.

Nada passa sem a minha autorização e quando é escondido e eu descubro a pessoa é cobrada da pior maneira, tortura e morte.

Na boca da maioria eu sou ruim, bem ruim mesmo, mas quem me conhece de verdade sabe que sou um docinho de limão.

Enfim, meu marido Pedro Guilherme tinha ido em outro morro resolver uma parada pra mim, por que meu filho Gustavo ficou resfriado e a minha prioridade é sempre o meu bebê.

E pra quem lembra dele, ele tá com 3 aninhos. Uma gracinha!

- mamãe, tá dodói ati. - Ele fala embolado e aponta pra cabeça dele.

- Vai sarar meu amor, agora descansa, tá bom? - Falo e apago a luz me sentando na poltrona que tem no quarto dele, observo ele cair no sono e aí meu telefone começa a vibrar.

Número desconhecido, rejeito a ligação.

Meu celular começa a tocar novamente, rejeito novamente a ligação.

Quando é assim ou é bota que descobriu meu número ou é ameaça de facção rival.

A pessoa que tá ligando insiste mais uma vez e com toda a sutileza do mundo saio do quarto do meu filho e fecho a porta.

Atendo a ligação e respiro fundo me preparando pra ameaça.

- Graças a Deus, você atendeu. - Ouço uma voz conhecida.

- Eu reconheço sua voz... Fabiano, não.... Fernando, lembrei. É o Fernando? - Pergunto.

- Sim, por favor, não desliga. - ele diz e o bichinho tá completamente desesperado.

- Deu tudo errado, tudo. Puta que pariu. - Ele diz e é o suficiente para que ele comece a chorar.

- Espera só um minuto. - Volto quarto do meu filho e ligo a babá eletrônica, saio de fininho e vou direto pro meu escritório. - Respira fundo e conta o que aconteceu, soube que teve invasão aí, mas os inimigos não tomaram, o que deu de tão errado assim?

Pergunto e ele começa a falar o que aconteceu, ele chora e chora muito, mas também tadinho dele, só restou ele pra contar história.

- E quem foi o responsável pela invasão? - pergunto.

- O Augusto, irmão do Guga. - Ele diz. - Eu preciso de ajuda, eu não sei o que fazer, a maioria dos menor morreu de novo, eu tô desesperado morte, eu tô perdido. Levaram ela caralho, levaram ela. - ele chora.

- Tu pode repetir pra mim o nome de quem invadiu aí? - Pergunto ao ver o Pedro Guilherme meu marido entrar no escritório.

- O Augusto, irmão do Guga. - Fernando repete e a cara do Pedro muda. De branco ele fica vermelho.

O Augusto tá ameaçando e não é de hoje, fora a trairagem que ele fez de levar armamento de uma facção pra outra, ele tá jurado nas duas facções e agora o morro em que ele tá se refugiando também vai pagar por isso.

A regra tem que ser cumprida, independente de quem seja.

- Filho da puta! Ele não fez isso! Eu vou matar esse desgraçado. - Pedrinho fala e dá uma porrada na parede.

- Eu falei pra você dar um jeito nele, num disse? Eu disse que ele ia fazer merda, eu avisei. - Falo com o Pedro e ele coça a cabeça nervoso. - Fica tranquilo Fernando, que agora essa guerra é nossa.