- Coringa Narrando 🤬 -
Saber de todas as porras que o Guga já fez e eu não ter feito nada durante isso é foda.
Minha coroa ficou sabendo do k.o e conversou comigo, ela tentou pôr na minha cabeça que o que rolou não foi culpa minha.
Mas de certo modo, foi sim.
Eu tinha parada de cheirar aquele maldito pó branco, mas depois do que aconteceu no meu morro, eu precisei cheirar uma fileira, o que amenizou um pouco as coisas.
No momento tô sentado no chão gelado, enquanto o Fernando chora no colo da Rafaela.
Uma parada sinistra eles dois.
Já chegou no meu ouvido tantas hispoteses que os morados tem sobre eles dois, que vocês nem imaginam.
Mas, é como eu disse, apenas hipótese. Por que eu sei da verdade e só isso me interessa.
Ela foi fazendo um carinho pelos cabelos do mano que me deu até inveja pô, admito.
Até que ele caiu no sono no colo dela.
Ela me olha e eu apenas encaro ela relaxado.
Ela é gostosa, não tem como negar não, e se que eu quero pegar? Claro que quero, mas porra, tem que respeitar o tempo dela e quando ela pensar em ter alguém de novo, eu vou tá lá, firmão.
- Vou meter o pé. - sussurro pra não acordar o 2n.
- Vou te levar no portão. - Ela diz e retira a cabeça do mano com cuidado e se levanta, também me levanto.
Vou andando em direção ao portão e ele abre.
- Para que você volte mais vezes. - Ela diz e eu me surpreendo. Não é como se qualquer pessoa aceitasse um dono do morro dentro da sua casa.
- E você quer que eu volte? - Passo pelo portão e me viro me encostando na moto.
- Claro, sua companhia é boa. - Ela diz e eu deixo um sorriso escapar, mas logo volto pra postura de bandido mal.
- Vou meter o pé, novinha. Se cuida, jae? - Falo e ela assente.
Monto na moto e ligo a mesma.
- Coringa? - Ela me chama e eu a olho.
- Qual foi?
- Tem como tu liberar a entrada pro caminhão da loja que vai chegar com as minhas coisas? - Ela pergunta toda tímida.
- Posso mermo, pra quando? - pergunto.
- Segunda feira que chega. - Ela diz depois de fazer a conta na mão.
- Sabe que nós tem que olhar dentro antes de liberar né? - Pergunto e ela assente.
- Obrigada.
- Por nada, gatinha. - Falo e pisco pra ela, mas quando vou acelerar ela me chama de novo.
- Coringa? - Ela fala só que dessa vez um pouco mais séria.
- Ih qual foi? Quer que eu vou embora não é? - Pergunto e ela solta um sorriso.
Gatinha filha da puta, rs.
- Para de usar cocaína, você não teve culpa. - Ela diz e é como uma porrada na minha cara.
Como ela sabia? Essa porra tava me bisbilhotando?
- Eu passei 5 anos da minha vida com uma pessoa que usava todos os dias, então, eu sei reconhecer qualquer pessoa que use. Só para, tá bom? Nem você e nem o Fernando teve culpa, o único culpado já tá morto. - Ela diz e cruza os braços.
- Jae. Fé aí pra tu. - Falo e saio dali acelerando a moto.
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Era Uma Vez...
FanfictionUma fic clichê sobre o complexo da maré, mas nem tão clichê assim. /+18 PLÁGIO É CRIME ⚠️