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- Rafaela Narrando 🐍-

É, eu tentei ser forte até onde deu, mas com o que eu vi, eu simplesmente não consegui.

Acordo sentindo minha cabeça doer e abro os olhos bem devagar, enxergando o maqueiro e o Fernando olhando pra minha cara bem preocupados.

- O que... Meus bebês? - Falo colocando a mão na barriga e percebo que tô no postinho.

- Tá tudo bem com eles. - Fernando diz se aproximando. - Você bateu a cabeça no chão, mas você tá bem. Essa dor de cabeça vai continuar por algumas horas, mas depois passa. Tu tava fracona, aí te deram soro, vitamina e um monte de parada. - Ele diz e eu olho pro meu braço vendo o acesso.

- Eu vi o que eu vi ou eu tô maluca? - Pergunto séria pro Fernando. - cadê o coringa? O que tá acontecendo?

- Uma parada de cada vez. Primeiro, o coringa tá bem. Ele tá na quarto de hóspedes e tem um enfermeiro lá cuidando dele e monitorando as paradas lá. Quando vocês foram levados pelo Augusto, eu peguei o Lk no colo e corri pro hospital com ele. Ele fez a cirurgia e por pouco não morreu. Quando ele acordou, ele quis sair de lá por que sabia que ia dar ruim, aí eu levei ele pra casa tua e do coringa por que a casa dele é uma zona. Botei os cria pra ficar vigiando a porta e fui buscar vocês não importava onde vocês tava, eu ia buscar vocês até no inferno. Ninguém mexe com a minha família não, pô. - Ele diz e lacrimeja. - Chega de perder pessoas que eu amo, Rafaela. Tô cansado já.

- Então, você cuidou de tudo? - pergunto.

- cuidei mermo. - ele diz e eu abro os braços para que ele me abrace.

- Vem aqui, vem. - O abraço forte e ele chora no meu colo.

- Eu tô cansadão. - Ele diz chorando.

- A médica já me liberou? - Pergunto e ele nega. Chego um pouco pro lado e me solto do abraço dele. - Deita aqui deita. - Falo e ele finge que não quer. - Deita logo, Fernando. - falo um pouco autoritária e ele enxuga as lágrimas deitando do meu lado e colocando a cabeça em cima do meu braço.

- Toma..- ele diz e tira o meu celular do bolso dele.

- Ô moço, qual teu nome? - Pergunto pro maqueiro.

- Luan.- Ele diz.

- Ó o irmão perdido do Coringa aí. - Falo rindo. - Quero te agradecer de coração mesmo por tudo o que você fez e pela barra que enfrentou com a gente, sem nem conhecer. Coloca teu pix aqui e sem contestação. - Falo e dou meu celular pra ele.

- Vai vim em boa hora, pô. Vou recusar não. - ele diz e digita o pix dele.

Coloco um valor com seis zeros e envio o dinheiro pra ele.

- Muito obrigada novamente, se você precisar de qualquer coisa, pode vim aqui na maré que você é de casa já. Tá bom? Você pode apagar a luz quando sair por favor? - falo e ele assente.

- Jae, pô. Valeu aí e melhoras pros capita. - ele diz e sai do quarto apagando a luz.

- Agora descansa e depois nós come. - falo e começo a fazer carinho nos cabelos do meu bebê gigante até ouvir a respiração ficar pesada e acabar apagando também.

Era Uma Vez...Onde histórias criam vida. Descubra agora