Capítulo 35

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Lizy.

Lúcia passou a noite comigo e acabei adormecendo enquanto me lamentava deitada nas pernas dela. O pior foi receber um ligação de Alex nada mais entrar dentro do quarto.

Eu devia ter ligado para ele, mas na minha cabeça eu só pensava em como vou fingir indiferença, se segundo Lúcia, toda vez que vejo Owen um letreiro escrito "Eu te amo" aparece na minha testa.

Me obriguei a ateder a chamada dele e fingir está o mais normal possível, Alec perguntou se eu estava resfriada pelo tom fanho da minha voz. Eu menti para ele é claro, disse que foi a mudança de clima. Ele pareceu acredita na minha mentira e disse que estava com saudade e eu inventei uma desculpa dizendo que tinha acabado de chegar da missão e ia tomar banho.

Não podia dizer que também estava com saudade quando nem se quiser tenho pensado nele nesses dois dias que estou aqui.

Depois eu chorei mais por me achar uma escrota, de estar chorando por um estando namorando com outro.

Sigo sem entender porque demônios aceitei a proposta de Alec, está claro que eu não tenho condições de manter uma relação afetiva com ninguém agora.

<< Ninguém que não seja Owen.>> Penso involuntariamente.

Logo que acordei fui ao banheiro e me obriguei à levantar a cabeça.
Não importa se Owen sabe do que eu sinto, nada vai mudar, ele não me corresponde e a confirmação está no fato de que ele tem uma namorada.

Por isso me resignei e sai para tomar o café da manhã.

Lucia disse que eu estava igual um bandido fugindo da polícia, e realmente estava fugindo, fiz de tudo para não encarar a Owen, e muito menos topar com ele em algum lugar.

E não foi só no refeitório, foi em todo lugar durante a passagem do dia, até agora. Porque nesse momento estamos os dois na mesma sala com o resto da elite prodígio para uma reunião com o coronel e o general.

Estamos a alguns minutos aguardando a vinda dos chefes, nesse tempo tenho sentido a pressão dos olhares de Owen sobre mim. Confesso que estou tentada a olhar de volta mas tenho medo do que vou encontrar se faço.

<<Está me olhando com compaixão ou com suficiência?>>

Suficiência certeza. Como não, se a obstinada, rude e sem sentimentos Elizabety Miller ( Como ele costumava dizer) Que justo essa mesma mulher está suspirando de amor por ele.

<<Tem como não ser humilhante?>>

Ouso levantar os olhos da mesa virando o rosto em sua direção, e como suspeitava ele está me olhando encostado, com os braços apoiados nos braços da cadeira, e a mão no queixo. Nos seus olhos não vejo nada do que eu imaginava, muito pelo contrário, ele parece está a pronto de me jogar na mesa e fazer uma coisa bem diferente do que normalmente se faz nela.

Minha respiração acelera e minhas começam a soar, com a intensidade desse olhar. Quero abaixa a cabeça ou olhar para outro lado, mas não posso, estou presa nesses olhos azuis.

O mundo se perder a nossa volta, só há duas pessoas conversando sem usar palavras.

Nos continuamos com essa conexão, é algo que nenhum dos dois pode quebrar.

<<Mas porque segue me olhando assim se está com outra?>>

Não o entendo, e esse simples recordo me faz virar o rosto.

O gerenal entra na sala uns instantes depois acompanhado de sua esposa e o coronel.

- Soldados. - cumprimenta ao entrar.

O Que Nunca Vivemos #2 Trilogia EquivocadosOnde histórias criam vida. Descubra agora