Capítulo 7

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Lizy

-- Ei Lizy? – Grita a sargento D’angelo.

Estamos arrumando nossas coisas para passar o fim de semana em casa. Por fim concluí minha primeira semana de trabalho e posso dizer que não foi tão mal como eu pensei. Trabalhar e conviver novamente com pessoas aliviaram um pouco a tormenta dentro de mim.

-- Te escuto. – Olho para ela enquanto passo um cropped pela cabeça. Estou vestindo um conjunto casual, com uma mini saia bege e um top marrom, com um abrigo da mesma cor da saia, e um scarpin para da mais elegância ao look.

-- Hoje a noite nós vamos jantar no centro e depois ir nos divertir em uma boate, você quer ir com a gente? – Olho para ela um segundo antes de responder.

-- Acho que não, estou muito cansada. – minto.

Não me apetece sair para dançar, tudo que eu quero é me trancar no meu quarto e assistir qualquer coisa enquanto como brigadeiro.

-- Bem. Você já tem nosso número, qualquer coisa me liga e eu te mando a localização.

Sim, eu por fim pedi o número das minhas novas colegas, Lúcia estaria surtando agora se soubesse.

-- Está bem.

Entro no banheiro para fazer o puto protocolo. Coloco o comunicador, verifico as armas na bolsa, dou uma arrumada no meu cabelo que deixei solto, apenas com umas tranças presas nas laterais e passo perfume.

-- Até segunda meninas. – me despido pegando minha bolsa e saindo do quarto.

-- Nossa que cheirosa! me espera que quero assistir isso. – Reponde a D’angelo vindo atrás de mim. Ela veste uma calça de couro marron e uma blusa meio solta vinho de tecido e um abrigo cinza.

-- Até segunda Miller. – Reponde a sargento Greco.

Nada mais sair da área dos dormitórios femininos, vejo o grande movimento de soldados saindo por a entrada para ir as suas casas. Caminho entre eles com Lorena do lado desfilando como se estivesse em uma passarela. A ela lhe encanta ser o centro das atenções, eu por outro lado me dá igual.

Sinto os olhares sobre mim e escuto um que outro comentário dos machos descarados daqui.

-- Caralho Menina! Todos nos devoram com os olhos.

-- Que olhem, é só o que terão de mim. – sorrio de lado com os olhos sempre em frente.

-- Aqui tem ótimos prospectos, não pensa em pegar nenhum deles?

-- Não.

-- Você deixou alguém nos Estados Unidos?

-- Não. – Repondo com certa amargura. – Só não quero ser nenhum troféu presumido por algum deles.

Essa é a verdade, o primeiro que eu pegar vai querer se exibir como o rei delas. E porque no fundo de mim sei que nenhum deles vai ser como ele, ninguém me satisfará como ele.

-- Tem razão você é a novidade aqui, e é uma fodida beleza exótica. – Sorrio do comentário dela, me lembra de verdade Emily. Ela é assim de extrovertida.

-- Até logo Lore. – me despido abrindo porta do meu carro.

-- Até logo Castanha. – Paro em frente a porta do carro ao ouvir esse apelido.

Uma pontada de dor e uma vontade enorme de chorar me invade o peito.

Merda! Só ele me chamava assim.

Milhares de imagem invadem minha cabeça, momentos que eu lutei com todas as forças esconder no mais fundo de mim essa semana.

Entro no carro e acendo o motor engolindo saliva. Prometi a mim mesmo que não ia mais chorar por ele, nem por nada, não creio que possa está mais fodida que agora.

O Que Nunca Vivemos #2 Trilogia EquivocadosOnde histórias criam vida. Descubra agora