Capítulo 44

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Alec

<< Ela realmente foi embora? >> Me pergunto descrente passando a mão nos cabelos.

Claro que foi, eu já deveria imaginar. Lizy não é o tipo de mulher que engole tudo, muito fez em deixar passar as minhas crises de ciúmes. Sei que só fez isso porque assumiu a culpa daquele beijo.

Meto as mãos no bolso caminhando em direção ao meu carro, mas então me lembro que eu não peguei a porra das chaves, e nem o celular.

<<Mais que inferno.>>

Subo de volta ao meu apartamento encontrando meu celular e as chaves. Ligo para os seguranças de Lizy avisando que ela saiu, e eles me dizem que vão ao encontro dela.

Saio do estacionamento ligando para Lizy, ela não atende e ligo outras vezes mais, continuando sem sucesso. Busco sua localização no sistema do comando e a veja cinco quilômetros na minha frente indo realmente para casa.

<< Está dirigindo a 160 km por hora.>>

Eu passei mesmo dos limites. Quando encontrá-la vamos conversar de cabeça fria, eu necessito esquecer aquele beijo, e deixar o passado dela para trás.

Coloco o celular no suporte do lado do volante acompanhando o seu trajeto.

Ela decidiu voltar comigo, escolheu a mim antes que a ele. Mesmo amando Owen ela quis ficar comigo, porque está melhor comigo. Isso tem que significar algo.

<< Será que está começando a gostar de mim?>>

Acelero ainda mais com um vislumbre de sorriso no rosto. Será que eu estava tão cego assim, a ponto de não ver que ela realmente está gostando de mim,?

Lizy para em algum lugar da avenida 14. Continuo dirigindo por alguns minutos, e o carro dela não se move.

<< Porque ela parou?>>

Me próximo um pouco mais, e o celular notifica um mensagem. Paro no semáforo e abro o aplicativo de mensagem vendo um texto de Lizy.

"A bratva está aqui, barraram meu carro no trânsito, e estão bloqueando o sinal de alguma forma. Estou mandando essa mensagem automática que você verá minutos depois que eu saí correndo do carro. Então assim que receber avisa meus seguranças, eu estou a duas quadras de casa, indo em direção ao córrego de Veneza, se conseguir cruzar a ponte vou seguir até o boteco de música ao vivo na beira do córrego."

<<Puta que pariu.>>

Isso só pode ser brincadeira, logo hoje.
Como diabos esses desgraçados a encontraram a essa hora da noite? já passa das onze.

<< Estavam nos vigiando?>>

Claro. Eles deveriam saber que estávamos aqui. Estavam de olho, esperando um deslize meu.

<<Merda, eles não podem pegar ela.>>

Piso no acelerador ultrapassando outros carros.

- Movy, ligar para Tomas Flyn. - Digo a inteligência eletrônica do CSMF.

- Ligando para Tomas Flyn. - A voz reponde.

O celular chama duas vezes.

- Eu ia ligar agora mesmo senhor. - Ele reponde, sua voz está ofegante.

- Me digam que encontraram Lizy.

- Infelizmente não senhor. Achamos apenas seu carro parado na rua, seguimos seu celular e o encontramos em um beco. Mas nenhuma sinal dela.

O Que Nunca Vivemos #2 Trilogia EquivocadosOnde histórias criam vida. Descubra agora