Capítulo 6

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Owen

Chego em casa com Melissa depois de uma semana exaustiva de trabalho. Meu pai não me dá trégua, sempre que tenho tempo livre ele me submete a um desses treinos desumanos digno dele. E o pior disso é está dentro de uma banheira de gelo por 40 minutos, até sentir cada centímetro de pele perder a sensibilidade. Ele fala que é para dá resistência aos músculos, eu creio que ele quer me matar aos poucos.

-- Owen. – me chama Melissa. Estamos na cozinha de casa. – Os do nosso grupo marcou um rolê hoje. Vamos?

Penso na possibilidade de encontrar as amigas de Lizy. Ontem acordei no meio da noite agitado, sonhei com ela deitada do meu lado. Me sorria como só ela faz, e escutei um “te amo” de boa noite seguido de um beijo que dava passo para algo mais.

Eu abri os olhos procurando ela do meu lado, e a decepção de não acha-la na minha cama fez eu me sentir como uma merda, e a ereção que queria rasgar a calça do meu pijama doía como o inferno. E não tive outra escolha que me aliviar fantasiando está dentro da intimidade apertada dela.

-- Não sei se é uma boa ideia Mel, hoje eu não estou no clima. – Repondo pegando uma maçã da fruteira.

-- Vamos irmão, não pode se trancar em casa toda vez que a saudade bater. É mais difícil superar assim.

Eu levanto uma sobrancelha quando escuto o final.

<<Em que caralhos pensa?>>

Quem foi que disse que eu quero superar a castanha? As lembranças e o amor são tudo que eu tenho dela.

-- Não quero superar Lizy Mel. – Encosto de costa no balcão. – ama-la é tudo que me resta dela.

-- Irmão ela não vai voltar, você sabe. Ela vai reconstruir a vida, encontrar outro alguém e você não pode ficar preso em um passado que não vai voltar.

Essas palavras fazem ferver meu sangue. Lizy não pode se entregar a outro, ela ama a mim, sou eu o único dono do seu coração. os amores verdadeiros não se esquecem, eles sempre prevalecem.

-- Isso não vai passar, o tempo vai trazer ela de volta pra mim.

-- Nunca pensei que o idiota, insensível, e mulherengo Owen Morgan fosse dizer palavras tão românticas. – Melissa sorrir me abraçando.

-- Por que nunca tinha encontrado uma mulher como ela. – me  aconchego sentido a paz que me dá o abraço da minha pequena.

-- Owen podemos conversar? – Meu pai fala entrando na cozinha.

<<Não sabia que ele já tinha chegado. >>

O que quer dessa vez? Não tenho um dia de paz das malditas responsabilidades.

-- Claro pai. – Digo seguindo ele até o escritório.

Melissa apenas balançou a cabeça em negação. Não sou o único sob pressão.

-- Senta filho. – Ordena cordial, e esse tom de voz me diz que não vem nada bom, ele só usa seu lado fraternal quando tem algo para me pedir.

-- O que está passando? – pergunto sem rodeios.

-- Bom, você tem me surpreendido muito com o seu desempenho nas missões.

-- Não me chamou aqui só para dizer isso não foi? – pergunto desconfiado.

Esse tipo de felicitação ele costuma fazer enquanto comemos sentados na mesa de jantar.

-- Está bem filho. – Ele se acomoda na cadeira. – Soube que você e a filha do governador estão saindo.

O Que Nunca Vivemos #2 Trilogia EquivocadosOnde histórias criam vida. Descubra agora