Capítulo 32

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Lizy

-- Estou bem Alec. - Digo ao meu namorado no telefone. Se nota que ele quer saber se vi Owen, se sentir algo, ou se estou questionando minha decisão de está com ele.

-- Que bom então. - responde.

-- Alec quero que sabia de uma coisa. - começo a falar séria. Me sinto na obrigação de deixar claro que tipo de mulher eu sou. - Eu estou contigo. Você não precisa alimentar inseguranças. E a respeito ao meu passado, não precisa se preocupar. Porque é isso que Owen é, meu passado. E enquanto eu estiver com você conte com meu respeito e minha fidelidade. Apesar da minha pouca idade eu tenho bem claro os meus ideais moralistas, e ser uma vadia infiel não faz parte deles.

Minha voz saiu mas dura do que eu queria, mas é preciso que ele saiba qual é a mulher que tem do lado. Eu nunca faria com ninguém o que não queria que fizessem comigo.

-- Eu sei amor, e peço desculpa por minha atitude imatura. Você me desculpa?

-- Está tudo bem. Agora eu preciso desligar que amanhã meu dia começa cedo.

-- Boa noite princesa.

-- Boa noite Alec. Até logo.

Desligo a chamada, e me deito de novo na cama. estou sozinha eu um quarto no andar dos tenentes e capitãos, já que não faço parte desse batalhão me deram uma habitação de visitantes.

Eu já estava deitada quando recebi a ligação de Alec e agora já passa de meia noite e ainda não consegui pregar os olhos.

Não paro de pensar naquele brilho diferente nos olhos de Owen.
É doloso pensar que em menos de quatro meses outra tenha conseguido o que em nove eu tentei fazer.

Eu dei tudo de mim para ele, mostrei a minha melhor versão, me abri intimamente e sentimentalmente também.

Queria saber o que tem ela, ou o que fez para conseguir tudo dele.
Porque Owen pode ser um filho da puta insensível, mulherengo, arrogante, e prepotente. Mas ele é do tipo que te faz queimar nas chamas do inferno e ainda sim sentir prazer. Esse tipo que te enlouquece e faz você se sentir a mulher mais poderosa do universo mesmo sendo ele quem da as ordens.

Não quero imaginar como é ter esse homem apaixonado, se doando e presumindo todo potencial que tem para essa mulher.

Sem querer uma lágrima escapa dos meus olhos e mordo o lábio para não permitir que outras mais sigam o mesmo caminho.

Merda!

Porque eu tinha que voltar?

Porque dói mais saber que ele tem outra, do que está distante dele?

Porque é tão difícil esquece-lo?

As horas passam e acabo dormindo em meio ao sofrimento de está tão longe e tão perto de alguém que deveria odiar mas que sigo amando.

(...)

O despertador do celular toca me indicando que devo levantar.

<<Mal fechei os olhos e já tive que abrir.>>

Levanto me sentindo uma merda, e me sinto ainda pior quando lembro que hoje verei a ele sem camisa, treinando, e que preciso me manter serena.

Como diabos vou fingir não sentir nada quando o infeliz acaba com minha postura?

Passo as duas mãos no rosto frustrada e vou tomar minha ducha.

Minutos depois termino de trançar meu cabelo e saio rumo a pista de treinamento.

O Que Nunca Vivemos #2 Trilogia EquivocadosOnde histórias criam vida. Descubra agora