Capítulo final

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Lizy

Tudo o que aconteceu nesses últimos dias parece inacreditável para mim. Jane se foi, e meus pais estão aqui, comigo, os dois juntos. Ver Antony e Helena foi um grande conforto para tudo que eu estava sentindo, uma alegria em meio ao luto infinito.

Mas meus pais... eu não soube como me sentir em relação a eles, foi como ver dois familiares desconhecidos, com quem eu compartilho apenas sangue.

A partida de Jane deixou um vazio imenso dentro de mim, um medo do futuro incerto. Me despedi dela foi ainda mais doloroso, e dentro de mim ainda não aceito sua morte. Lucia e eu temos nos apoiado, e depois que sua família foi embora ela tem ajudado a lidar com a minha.

Meu pai já vou dormir com Antony no antigo quarto de Jane, minha mãe está no quarto reserva com Helena, e eu e ela assistindo um filme, pois não temos sono.

Faz meia hora que Owen parou de me responder, confesso que estou morrendo de saudade, não o vejo desde ontem pela manhã. Ele tem sido meu apoio em muitas coisas, tem cuidado de mim, se preocupado por mim, atencioso a todo momento do meu dia. Se não o amasse tanto, teria me apaixonado por ele de novo nesses dias.

- Esse cara é um idiota, como troca uma vida por uma noite? - Lucia joga uma pipoca na Tv enojada.

Estamos assistindo um filme em que a protagonista viajou a trabalho e seu esposo foi a um bar com o amigo. Apareceu uma loira um tempo depois, e ele acabou levando ela para a casa dele. Fodeu com ela na cama do casal. Desgraçado.

- Assim são muitos homens na vida real, uns filhos da puta. - Levo outro pipoca a boca.

- Se Herry faz uma coisa dessas comigo e eu descubro, corto as bolas dele.

A tela do meu celular acende em cima da mesa de centro, olho estranhada e o pego em seguida.

<< Quem está mandando mensagem as duas da manhã?>>

A mensagem é de Owen.

"Estou aqui fora, abre a porta."

O sorriso em meu rosto delata o remetente para Lúcia de faz "huuuum" sorrindo da minha cara de idiota para o celular. Salto do sofá e olho para o corredor antes de abrir a porta.

Então vejo ele, vestindo uma calça jeans e jaqueta preta, encostado na parede do corredor em frente a porta. As mãos nos bolsos e uma pé na parede, o cabelo bagunçado dessa forma que o deixa malditamente atraente .

<<Maldição! Como pode ser tão lindo?>>

- Olá preciosa! - Fala para logo me presentear um desses sorrisos que me faz suspirar.

- O que você está fazendo aqui tão tarde? - termino de fechar a porta e vou até ele.

- "Oi amor, que bom te ver" - Fala com ironia e solto uma pequena risada.

- Desculpa. - Finjo arrependimento. - Oi amor, que bom te ver.

- Assim está melhor. - Owen põe o dedo na barra da blusa do meu pijama, e me puxa para ele.

Vou de muita boa vontade direto para os seus braços. O beijo que me dá ao me ter junto a su é ansioso, carinhoso e voraz da mesma forma, demonstrando a necessidade que temos um do outro. Faz cinco dias que nós não estivemos tão perto.

- Estava com tanta saudade de te ver, - Fala sobre a minha boca. - De ter seu corpo no meu, sua boca na minha. Muita saudade preciosa.

- Eu também. - Owen faz que eu cruze as minhas pernas em sua cintura e gira comigo em seus braços, me precisando entre ele a parede.

O Que Nunca Vivemos #2 Trilogia EquivocadosOnde histórias criam vida. Descubra agora