Capítulo 2

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Owen.



Dias atrás...



A viagem de regresso à Califórnia durou uma eternidade.



Depois de descobrir tudo que estava passando enquanto eu estava odiando a Lizy, e de que me dei conta do maldito que fui com ela todos regressamos ao hotel, o clima estava tenso e ninguém tinha vontade de velejar.



Tudo ficou pior quando Jane nos contou que a Bratva tinha localizado a Castanha e tentaram rapta-la.



E não foi o pior, já estavam preparando tudo para que ela fosse para outro país sem se quer me permitir falar com ela antes.



Eu fiquei louco de raiva e não pensava em nada mais que não fosse volta para casa e reparar a merda que eu fiz.



Durante o voo todo meu corpo doía, eu não tinha dormido quase nada em dois dias, minha cabeça queria explodir, e a ressaca não era desse mundo.



Não fazia nada mais que beber e formular na minha mente diversas formas de pedir perdão a Lizy.



E agora estou aqui sentando na sala de casa com o terceiro copo de whisky na minha mão esperando meus pais saírem do escritório para que me digam a localização de Lizy e eu possa ir por ela.



Não sei quanto tempo passou comigo aqui com a vista fixa na escada de casa até que meus pais se dignaram a descer.



-- Pai, mãe. - cumprimento eles de onde estou.



-- Olá filho por que regressaram tão rápido? - Minha mãe me dá um beijo no rosto. Me levanto sério e eles notam que algo está errado comigo. - Que foi filho?



-- Por que não me disseram nada?



-- Lizy pediu para não intervirmos no que seja que passou entre vocês. - reponde minha mãe, e meu pai só me olha sério.



-- Vocês são meus pais, tinham que ter me falado.



-- Falado como? Se não sabíamos o que passava entre vocês?



-- Estávamos juntos, e eu... eu... - Passo a mão pelo cabelo procurando as palavras certas para explicar o que fiz. - E eu fiz merda, disse coisas horríveis para ela pensando que ela havia me traído quando na verdade ela foi drogada, sequestrada e abusada.



Faço um pausa respirando acelerado.



- Merda! abusaram da minha mulher e eu não fiz mais que jugar. - Grito as palavras com odeio.



-- Por que não me disse do assédio e das ameaças? - pergunta meu pai alterado. - poderíamos ter evitado tudo isso.



-- Eu estava nisso, estava investigando, ele desapareceu por duas semanas e pensei que não voltaria.



-- Temos um contrato com ela Owen. - Ele grita furioso.

Sabia que meu pai estava a nada de explodir desde aquela maldita semana.

- Tudo que você tinha que fazer era cuidar dela, mas estava tão dentro das suas pernas que não se importou em protege-la.



-- Acha que eu não fiz nada, estávamos sempre junto. - Gritei a ele também.



-- Não estava quando saiu de farra e deixou ela para trás, não estava quando estupraram ela embaixo do teu nariz.



-- Acalmem-se os dois, estão muito alterados. - Ordena minha mãe firme.



Viro as costas para ele buscando me controlar.



-- Maldição! eu sei que eu errei, estou consciente do dano irreparável de não ter feito o meu trabalho como deveria. - digo acalmando a voz. - Eu só quero saber onde ela está e ir pedi perdão

O Que Nunca Vivemos #2 Trilogia EquivocadosOnde histórias criam vida. Descubra agora