Capítulo 20

440 47 17
                                    

Alec.

-- O general lhe espera em sua sala capitão. - Informa um soldado após eu ter decido do helicóptero.

-- Estou indo para lá. - Repondo.

Caminho tranquilo saindo da pista de pouso até o edifício administrativo. Vejo algumas soldados paralisadas me olhando enquanto sigo meu caminho.

Para mim já é normal esse tipo de reação, ainda mais quando uso um traje tão formal como o de agora.

Ao chegar na oficina do meu pai dou dois toques na porta, e ele me manda entrar em seguida.

-- General. - Faço um saldo militar.

-- Capitão.

Caminho até me sentar ao lado dele na mesa, estranho a fisionomia séria dele e do meu tio também.

-- Faça seu relatório de missão soldado. - Diz o meu tio.

A princípio eu achava estranho essa relação soldado e superior quando somos família. Para mim poderíamos falar normal quando tivéssemos sozinhos.

Tempo depois eu entendi que se trata de disciplina, que no exército não importa quem é parente e quem não é, em horário laboral só existe respeito e disciplina entre os soldados e superiores.

-- Missão concluída Coronel. - Repondo firme. - As romanas irão colaborar, estarão esperando os infiltrados para que o plano possa seguir.

-- Bom trabalho capitão. - Diz ele.

-- Obrigado senhor. - vejo que meu pai está muito sério, não é normal nele essa expressão fechada, não quando estamos só família.

-- Temos um problema capitão. - Diz meu velho em fim.

-- Qual problema? - pergunto colocando os cotovelos na mesa e apoiando meu queixo sobre as mãos.

-- Alec o quanto te interessa a sargento Miller? - Olho para ele pensativo e com alerta vermelho.

-- Tanto a ponto de querer como minha namorada. - Digo receoso.

-- No começo da noite de hoje recebi uma ligação de Richard Morgan. Disse que há uma possibilidade de Miller regressar para a Califórnia.

-- Porque? - Pergunto alarmado. - Ela não estará segura lá.

-- E nem aqui. - diz meu tio e olho entre ele e meu pai sem entender nada.

-- O comando de Los Angeles descobriu que há infiltrados da máfia dentro do CSMF. E que os maiores clãs mafiosos estão formando uma tríade para tomar a liderança do FBI.

-- Os clãs russo, japonês e italiano. - digo processando a informação.

-- Exato, até agora se sabe que eles planejavam isso faz um tempo, e pode ser que estejam infiltrados faz anos.

-- O que isso tem haver com Lizy? - pergunto.

-- Se a tríade realmente for verdade, ela não está protegida em lugar nenhum, nem aqui. - Reponde meu tio.

-- Não creio que a Bratva vá entregar uma informação tão valiosa como dessa hacker às outras máfias. Eles são precavidos e calculistas, tal informação é vantagem para eles sobre os outros se conseguirem pegar ela.

Todos sabemos que os russos sempre quiseram está no topo das máfias, por isso é inimigo dos italianos por que estão no mesmo escalão abaixo da Yakusa que é quem domina o fluxo de negócios no mercado negro.

-- Isso pode ser verdade. - Concorda o coronel depois de analisar minha linha de raciocínio.

-- A questão é que não podemos vacilar com nada, os casos que involucrem esses três bandos devem ser realizados por um grupo mínimo de pessoas. - diz o meu pai. - E no caso de Lizy, o General Morgan disse que eles tem um contrato que assegura a proteção da jovem, e que agora que nada é confiável é melhor que ela esteja junto a eles. Foi isso que ele me respondeu quando eu perguntei o porque de tanto cuidado.

O Que Nunca Vivemos #2 Trilogia EquivocadosOnde histórias criam vida. Descubra agora