Capítulo 10

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Owen.

Que noite insuportável do caralho.

Pensei que esse maldito jantar não acabaria nunca. Não sei o que Sophia disse a seus pais, mas estou puto de tanto que ouvir o governador repetir que seria muito vantajosa a união das duas famílias mais poderosas da Califórnia.

Não penso em namorar essa patricinha mimada, se o objetivo dela com esse jantar era me forçar a oficializar algo está muito enganada. Eu tenho outra estratégia para manter ela na minha sem que seja obrigado a assumi-la.

Deixei meus pais na saída da mansão Russel e fiz a gentileza de trazer essa Barbie siliconada para passar um tempo comigo. Vou fazer ela entender e aceitar que eu não sou de ninguém, mas ela será só minha. Fingirei da exclusividade a ela e isso a manterá satisfeita por um tempo, até que eu consiga dobrar o seu pai.

-- Nossa, eu fiquei tão feliz em ver nossas famílias juntas ao redor da mesa. - Diz a patricinha no banco do copiloto. Estou levando ela para meu Hotel.

-- Não se acostume. Isso não vai se repetir. - advirto.

-- Por que não bebê? - Faz um biquinho de tristeza.

Nunca que vou namorar uma mulher dessa, além de irritante é imatura. Não chega nem aos pés da minha castanha.

-- Quando chegarmos ao Hotel conversaremos.

O percurso não é longo, mas sim uma tortura, a voz esganiçada dessa mulher faz meu ouvido sangrar. E quando se empolga faz que eu queira comprar uma passagem para o outro lado do mundo e nunca mais voltar.

Enfim chegamos e poderei calar a boca dessa papagaio.

-- Entra. - me faço a um lado abrindo a porta da suíte.

-- Nossaaaaa.

Sophia grita saltando igual fã enlouquecida. O motivo?

Mandei meus servidores decorarem o quarto com velas, uma garrafa de champanhe e duas taças. Era para parecer Hot, não romântico. Mas não importa, jamais farei isso de novo.

Entramos no quarto e ela olha tudo ao redor impressionada. A luz é tênue, o lugar está impregnado com a fragrância adocicada das velas aromatizantes.

- você fez isso para mim?

-- Vem senta aqui. - peço sentando no sofá e abrindo o champanhe.

Encho as duas taças ao tempo que ela senta ao meu lado.

- Tenho uma proposta para te fazer. - entrego uma taça para ela.

-- Aí meu Deus! Não é o que eu estou pensando é? - pergunta entusiasmada.

-- Não sei o que você está pensando. - Minto. Claro que sei. - Mas a minha proposta é a seguinte. Eu não namoro, nunca namorei e não pretendo fazer por agora. - Ela se entristece ao me ouvir.

-- E o que você quer então?- sussurra colocando asãos sobre as pernas, e deixando os ombros caídos.

<<Que não chore por favor.>>

-- Quero que seja minha exclusiva. Quero que você só tenha sexo comigo e eu também serei exclusivo para você.

-- Mas isso não é como namorar? qual a diferença? - Me olha confusa.

Tomo um gole do meu champanhe engulindo a vontade de sair daqui.

<< Como pode ser tão irritante?>>

-- Não te ofereço encontros românticos, jantares em família, nada dessas coisas, só será sexo ocasional, com a diferença que você estará só para mim e eu só para você. Sem anúncio oficial, nem compartilhar momentos juntos a vista de todos.

O Que Nunca Vivemos #2 Trilogia EquivocadosOnde histórias criam vida. Descubra agora