Capítulo 39

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Alec

Quando você pensa que a vida não vai te fazer de otário de novo, acaba levando uma rasteira muito pior dela.

Ver Lizy ser beijada por aquele Morgan idiota me enfureceu de maneira extrema. E ela não o afastou, não fez nada.

Naquele momento que vi ele segurando o pescoço dela com tanta propriedade, e a beijando, eu voltei a cena de Selina sendo esfregada na parede gemendo o nome de outro.

Eu só queria triturar a cara daquele filho da puta na porrada.

<< Ela poderia ter empurrado ela porra>>

Quando a notícia apareceu em todos os jornais como um ataque da Bratva no centro de Los Angeles eu soube na hora que era Lizy. Liguei desesperado para a central e descobri que estava certo.

E mesmo com meu pai alertando dos riscos de eu ir atrás dela, e Carlos dizer que se eu fosse entregaria a sua localização, eu não ouvi, e sem pensar duas vezes eu peguei o avião mais rápido da base e fui atrás dela.

E quando chego lá seis horas depois, eles já tinham ido atrás Lizy. E quando ela voltou, o presente que ganhei foi esse. Um par de chifre na frente de todos os amigos dela, e alguns soldados.

Eles começaram a discutir depois que Lizy deu uma surra no cara que a entregou.

Como ela descobriu o infiltrado?

Não faço a mínima ideia. Mas o que me fez saí de lá foi que ela estava em um vestido de festa e a maquiagem borrada.

Isso quer dizer que ela foi numa balada ontem a noite, provavelmente Owen também estava no mesmo lugar, talvez até juntos.

Lizy ama ele. Está ferida e o odeia, mas isso não apaga o sentimento.
Por isso que quando ela me encontrou na sala de investigação eu não acreditei nela.

Se me escondeu que tinha saído com os amigos, também poderia está escondendo que ficou com ele, ao invés de só se deixar beijar.

Lizy tem caráter forte, e se baseia em princípios morais que luta por manter.

Mas o cara é bonito, tem porte, e charme de dono da porra toda.

Vai se foder.

O cara é um puto esbelto de músculos definidos, olhos claros e o ceo mais novo da história do mercado hoteleiro. Um maldito multimilionário, padrãozinho, estilo galã da Netflix.

Só uma coisa me acalmou, foi o fato dela ter vindo comigo ao invés de ficar com ele. Tenho certeza que ele não ficou nada feliz com isso.

Imbecil.

Desde que chegamos na minha casa estou na varanda do meu quarto. Deixei ela no quarto de hospedes, pois precisava de espaço.

São mais de cinco da manhã e já bebi meia garrafa de whisky antigo do meu pai. Continuo furioso com ela. Por mais que tenha dito que foi um ato por impulso, medo, sei lá o que ela sentiu naquele momento.

Eu preciso conversar com alguém.

Encho recipiente na minha mão e me sento na cadeira da varanda.

Disco o número do meu pai e bebo um gole do líquido. Sei que essa hora ele já está acordado, são 25 anos levantando no mesmo horário.

- Filho. - Ele atende.

- Preciso de conselho. - Minha voz sai pesada.

- Você está bebendo? - Meu velho me conhece. - Aconteceu algo com Miller além do que você me contou?

O Que Nunca Vivemos #2 Trilogia EquivocadosOnde histórias criam vida. Descubra agora