Velozes e furiosos: um legado com fantasmas

Capitulo 1

》Brian O'Conner《

    Estava correndo em uma perseguição pelo território de uma casa abandonada, meu alvo estava a frente tentando me despistar com saltos e movimentos ágeis. Quando estava quase a alcançando, ela deslizou por baixo de um buraco na cerca de arame alambrado que envolvia a casa, dando a ela uma grande vantagem de distância entre nós. Ela tinha tapado o buraco se colocando na frente dele, o que me impediu de vê-lo e sacar seu plano antes de realizá-lo. Ela é muito boa.

   Tive que escalar a cerca para tentar alcançá-la. Continuei correndo o mais rápido que podia.

    — Ela me passou e não falta muito pra ela chegar no challenger — Disse pela escuta.

    Quando cheguei na calçada ela tinha acabado de entrar no carro, a partir do momento em que ela entrou no carro não era mais comigo.

    — Dom, ela entrou no carro, agora é com você — Disse tentando acalmar minha respiração.

》Dominic Toretto《

    — Deixa comigo Brian.

    Liguei meu dodge charger e me preparei para começar a perseguição. Em questão de segundos avistei o challenger dela fazendo uma curva fechada com uma manobra de drift muito bem executada. Arranquei acelerando o mais rápido que pude e segui o monstro em minha frente.

    Ela fazia curvas e manobras para tentar me despistar, mas como piloto de fuga, consegui acompanhá-la. Estava bem próximo dela quando de repente ela jogou o carro para a direita na direção de um posto abandonado, o que acabou dando a ela uma vantagem. Por essa eu não esperava. Tentei me recompor o mais rápido que pude e voltei a perseguição.

    Ela estava quase na zona segura, me aproximei o máximo que pude e quando ia ultrapassá-la ela jogou o carro para a esquerda, me fazendo parar bruscamente. Seu carro deslizou, dando uma volta completa ao redor do meu carro e parou na minha frente atrás da linha que indicava que ela estava na zona segura. Desci do carro e Brian já estava no local.

    — Muito bem S/n — Disse enquanto a garota fechava a porta do carro — Acho que agora seu pai vai perder o título de policial aposentado e eu o de melhor piloto — Disse andando em direção a garota que estava com um sorriso vitorioso no rosto.

》S/n Toretto O'Conner 《

    — É melhor ficarem espertos, desse jeito vou tomar o lugar de vocês — Disse abraçando meu tio dom e em seguida indo em direção a meu pai para abraçá-lo.

    — Acho que já tomou nossos títulos querida — Meu pai me abraçou e me deu um beijo na cabeça — Tá cada dia mais difícil de te acompanhar — ele olhou para meu tio e continuou — Acho que estamos ficando velhos.

    Rimos com seu comentário. Sim, sou filha de Brian O'Conner e de Mia Toretto. Dirijo com o instinto Toretto e O'Conner. Na questão de corridas sou como meu tio Dom, sempre ganho, mas na questão de inteligência policial e na arte da observação sou como meu pai, sempre atenta e determinada a atingir meus objetivos.

    Um celular tocou e meu pai atendeu, era minha mãe avisando que não faltava muito pro nosso almoço em família começar.

    — Tá na hora de ir galera — Ele disse guardando o aparelho — Corrida até em casa ?

    Nos entreolhamos e sorrimos. Em questão de segundos cada um estava em seu carro, meu tio no seu dodge charger, meu pai no seu skyline azul e eu no meu dodge challenger. Decidimos começar quando um dos semáforos, que vimos quando estávamos vindo a esse lugar abandonado, abrisse. Chegamos no semáforo escolhido, eu estava no meio, meu tio a minha esquerda e meu pai a minha direita. Aceleramos em sinal de que estávamos prontos e esperamos o sinal verde.

    Assim que o sinal verde apareceu, não demorei nem mais um minuto arrancando e acelerando. Troquei de marcha quando o carro pediu, aumentando a velocidade. Meu pai e meu tio estavam atrás de mim, bem perto. Continuamos correndo, algumas vezes meu pai ficava na frente, outras meu tio e outras eu. Agora meu pai estava no meio e eu na direita,nós três estávamos muito próximos.

    Estávamos a alguns quilômetros de minha casa quando lembrei de um caminho mais curto e rápido que descobri a algumas semanas. Virei o volante para a direita e em seguida puxei o freio de mão, estava tão rápido que meu pai e meu tio não conseguiram me acompanhar e passaram direto na curva que tomei. Meu carro tinha retomado 120 km/h quando ouvi meu pai pela escuta.

    — Para onde está indo? — Perguntou.

    — Ganhar a corrida — Disse trocando de marcha e acelerando.

    Depois de pegar o atalho voltei para a mesma pista que eles, estava a uma distância boa deles. Sorri comigo mesma, sabendo que ganharia essa corrida. Acelerei, estava quase lá. Tinha que fazer uma curva para a direita para entrar na garagem de minha casa, como estava em uma velocidade rápida, virei o volante para a direita e puxei o freio de mão, fazendo com que o carro deslizasse de lado até chegar na curva de minha casa. Um back entry muito bem executado. Entrei com o carro na garagem e em alguns segundos meu pai e meu tio chegaram.

    — Vitória da S/a — Disse rindo e comemorando.

    Eu amava isso, as corridas me traziam uma adrenalina que não conseguia me ver sem, e a sensação de vitória um prazer imenso.

    — Ótimo back entry S/a — Parabenizou meu tio Han com um sorriso orgulhoso.

    Ele me ensinou várias manobras de drift. Agradeço muito a ele por ter me ensinado, na maioria das corridas as manobras me deram muita vantagem sobre meus adversários.

    — Aprendi com um dos melhores — Respondi sorrindo.

    — Vamos começar por favor, estou com fome — Meu amigo Noah resmungou.

    — Você está sempre com fome.

    — Me conhece tão bem — Disse fingindo limpar uma lágrima.

    Meu pai se aproximou de mim colocando seu braço em meus ombros e sorrindo. Sorri de volta. Segurei sua mão e caminhamos em direção a mesa de almoço discutindo de quem era a oração.

    — Devíamos deixar a S/n escolher, já que ela ganhou a corrida — Sadie sugeriu.

    — Justo — Millie concordou.

    — Apesar de vocês duas serem puxa saco da S/n — Começou meu irmão Jack — Concordo com vocês. Ela obteve uma vitória, então é justo um prêmio.

    Todos concordaram menos Noah, que sabia o que aconteceria. Me deixaram escolher quem faria a oração, e é óbvio que escolhi Noah. Só para provocá-lo.

    Na maioria das vezes que fazemos um almoço para nos reunirmos eu chamava meus amigos, Noah, Millie, e a irmã dela Sadie. Nos conhecemos desde que me conheço por gente. Meus amigos, meus primos, meu irmão e eu estamos sempre disputando rachas, geralmente organizados por meu primo Dominic, o filho de um amigo dos meus pais que infelizmente não pude conhecer. Por mais que não somos primos de sangue, o considero como um.