Capítulo 79

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》S/n Toretto O'Conner《

    — E… eu acho que tinha que ter revanche — Meu coração se acelerou quando minhas costas encontraram uma pilastra. 

    — Acha? — Ele colocou as mãos na pilastra, me impedindo de fugir pelos lados. 

    A voz de Aidan estava tão baixa e tão sedutora que as batidas do meu coração quiseram se bagunçar. Seu perfume penetrou minha alma assim que o inalei. Gallagher roçou o nariz em meu pescoço e eu soltei o ar dos meus pulmões de maneira profunda. 

    — Acha que eu não sou merecedor de minha vitória? — Ele sussurrou contra minha pele e depositou um beijo abaixo de minha mandíbula. 

    — Não acho isso — Esse garoto estava me levando a loucura! 

    — Não seja uma má perdedora — Ele riu me aproximando pela cintura — Ou eu terei que puni-la por ser uma garota má, que mente quando uma máquina diz a verdade. 

    Tinha certeza de que o desejo no olhar dele era um reflexo do meu. Passei meus braços por seu pescoço e aproximei meus lábios de sua orelha. 

    — Talvez eu queira que você me puna — Sussurrei. 

    Aidan me beijou me pressionando contra a pilastra. Mas então nos lembramos de que, mesmo que as luzes estivessem em um nível baixo de claridade, ainda estamos visíveis aos outros e que crianças também frequentavam o boliche. 

    — Jantar? — perguntei ao nos separamos.

    — Jantar — Ele sorriu e pegou minha mão. 

    Pagamos o tempo que ficamos jogando e saímos para o estacionamento. Parei no meio do caminho. 

    — Vou pagar o estacionamento, quase esqueci — ri de leve e apontei para a cabine onde uma pequena fila começava a se formar — Pode me esperar no carro, não sei se vai demorar muito. 

    Peguei a chave na bolsa e a segurei para que ele pegasse.

    — Posso dirigir? — Ele pegou a chave. 

    — Claro. 

    Aidan pegou minha bolsa, a colocou no ombro e pegou sua carteira, retirando um cartão de débito e me entregando o mesmo. 

    — Eu ia pagar — peguei o cartão.  

    — Você ainda vai pagar, mas com o meu dinheiro. 

    — Você gosta de pagar as coisas, né? 

    — Gosto de te dar o que você quiser — Ele pôs as mãos nos bolsos. 

    — Eu também gosto de te dar coisas — cruzei os braços, questionando de forma indireta o seu argumento sobre não me deixar pagar. 

    Um sorriso travesso se formou nos lábios do garoto. 

    — Não se preocupe com isso, você ainda vai me dar — Ele sorriu malicioso com o duplo sentido em sua frase.  

    Sorri e revirei os olhos. 

    — Se lembra da senha? — Ele sempre fazia essa pergunta, ele gostava do fato de eu saber a senha da maioria de suas coisas, como por exemplo, a senha para o seu coração. 

    — Como eu iria esquecer a data do meu aniversário? — lhe lancei uma piscadela, o sorriso de Aidan se alargou.  

    Segui para a cabine para pagar o estacionamento. Quando cheguei, a fila já estava menor. Paguei o estacionamento, pegando o ticket para passar no scanner, e coloquei o cartão no bolso da calça. 

Velozes e furiosos: um legado com fantasmasOnde histórias criam vida. Descubra agora