Capítulo 67

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》Megan Adams《

    — Desde que isso não acabe com a minha vida social — dei de ombros como se não fosse nada. 

    — Nunca — ele balançou a cabeça de forma negativa e brincalhona. 

    Noah seguiu para a fila da pipoca, que já estava bem curta, e eu fui atrás. Isso era bem melhor do que ficar em casa ou morrer de tédio, eu ia ver um filme de graça! 

    Nossa vez chegou e Noah comprou dois sacos médios de pipoca e duas latas de coca-cola, me entregou um saco e uma latinha. Seguimos para a sala de cinema e procuramos nossas cadeiras, que ficavam no meio, o melhor lugar na minha opinião. Estava tão bom que eu nem me incomodei de estar com Noah ao meu lado. 

(...)

    — Ah, fala sério, a gente não sai por aí esbarrando em riquinhos mal amados! — Joguei o saco de pipoca vazio na lata de lixo do lado de fora da sala de cinema. 

    — Esses filmes mesmo previsíveis conseguem ser engraçados — Noah escorou o ombro na parede e cruzou os braços enquanto eu terminava meu último gole do refri. 

    — Você não parece o tipo de pessoa que estaria em uma comédia romântica — começamos a andar para a saída do cinema, de volta para o shopping. 

    — Sou mais o melhor amigo que vai fazer piada com os pombos apaixonados. 

    — Tipo? 

    — Se eu te prometer a lua, você também me dá um beijinho? — parou à minha frente, olhando dentro dos meus olhos.

    Confesso que levei um tempo para que meus pensamentos se ajustassem e eu retomasse a consciência de que aquilo era uma referência do filme, já que o cara prometeu a lua para a protagonista. 

    — Faltou o biquinho irônico — consegui dizer. 

    — Assim? — Noah começou uma série de biquinhos. 

    Neguei e tentei reprimir um sorriso divertido que insistia em escapar. Percebendo que eu não conseguiria reprimir o sorriso por muito tempo, empurrei o rosto do garoto para longe e comecei a andar em direção a saída, dessa vez eu sorri já que ele não estava vendo. 

    Chegamos à saída do shopping e eu parei para agradecê-lo. Ele sorriu e cruzou seu braço com o meu. 

    — Aonde pensa que vai, idiota? Ainda falta te levar para jantar. 

    Franzi o cenho enquanto ele apontava para o estacionamento. Como é ele quem vai me levar para jantar a comida vai ser de graça. Esse foi um dos pontos positivos que me fez aceitar. 
 
    Dei de ombros para ele e seguimos para o Supra branco dele. 

    Chegamos a um restaurante bem aconchegante e organizado. As luzes de pisca-pisca amarelo penduradas em todas as paredes traziam um ar caloroso ao estabelecimento. O lugar estava um tanto vazio, mas eu conseguia ver as plaquinhas de mesas reservadas. 

    Noah seguiu para a recepção e eu logo atrás dele. Após conversar com a atendente ela nos guiou para uma mesa mais aos fundos, uma janela totalmente de vidro na parede ao lado da mesa, o que parecia perfeito para mim. 

    Peguei o cardápio que a garçonete me entregou e agradeci. Caramba, a comida aqui era quase um rim! Arregalei os olhos ao passar o olhar por todos os pratos e seus preços. 

    — Pode escolher o que quiser — Noah percebeu meu alarme com os preços. 

    — E se eu pedir o mais caro? — o que era lógico que eu não ia fazer. 

Velozes e furiosos: um legado com fantasmasOnde histórias criam vida. Descubra agora