Capítulo 87

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》S/n Toretto O'Conner《

Ligação on

    — Alô? — sua voz rouca de sono me atingiu em cheio. 

    — Desculpa, te acordei? — Comecei a pegar os ingredientes para fazer espaguete. 

    — Uhum — Ele concordou — Mas está tudo bem. Se você não tivesse me acordado, minha coluna não ia servir amanhã. 

    — Dormiu sobre a mesinha do seu quarto de novo? — franzi o cenho mesmo que ele não pudesse ver. 

    — Eu estava resolvendo uma papelada aqui, aos poucos meus olhos foram se cansando... quando vi, meu telefone estava tocando. A última coisa que lembro é de ler uma palavra relacionada à… — parou para pensar — Na verdade, não lembro de nada. Só sei que estava trabalhando — riu cansado. 

    — Deita na cama e vai dormir, amor — abri o armário de panelas em busca do que eu queria.

    O outro lado da linha ficou silencioso. 

    — Aidan? — Chamei pensando que ele havia dormido de novo.

    — Estou aqui, amor — Ele riu do outro lado da linha e então percebi o porquê da pausa. 

    — Escapou — Eu ri, minhas bochechas esquentaram. Deixei a panela na bancada e me recostei na mesma, colocando uma mão na bochecha. 

    — Devia deixar escapar mais vezes. Eu gostei — pude ouvir o som do seu corpo se chocando com o colchão. 

    Dei uma risada nasalada. Ouvi o bocejo de Midnight, eu sabia que ele só estava tentando se manter acordado porque era eu no telefone. 

    — Agora é sério, vai dormir e descansar — ajeitei meu cabelo em um coque. 

    — Você queria falar comigo? 

    — Te falo amanhã, pode esperar. Agora dorme. 

    — Tá bom então. Eu te amo. 

    — Eu te amo — sorri para o celular — Dorme com os anjos. 

    — Você vai vir pra cá então, minha Dark Angel? 

    — Infelizmente não. Mas quem sabe amanhã ou depois. Boa noite, Midnight.

    — Boa noite, Dark Angel. 

Ligação off 

    Deixei meu celular na bancada e voltei a trabalhar no espaguete. 

    A porta da frente se abriu, Dexter logo seguiu em direção à entrada da cozinha, pronto para recepcionar quem chegava. 

    — Ué, não era a noite do Jack? — Minha mãe entrou na cozinha, deixando uma carícia na cabeça de Dexter, a senha para passar pela porta. O pastor alemão fechou os olhos, aproveitando o carinho. 

    — Era, mas parece que ele foi atropelado por um caminhão de tão cansado que ele está. 

    Dexter foi tomado por uma onda de carência e se esfregou em minhas pernas, se sentando ao meu lado de maneira que seu corpo tombasse e ele ficasse em contato comigo.

    — Cadê meu nenenzinho? — Me agachei para abraçá-lo. 

    Dexter deitou no chão, indicando para que eu acariciasse sua barriga. Seus caninos ficaram para fora quando ele deitou, parecia que ele estava sorrindo, principalmente quando ele semicerrava os olhos. 

Velozes e furiosos: um legado com fantasmasOnde histórias criam vida. Descubra agora