Capítulo 64

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》S/n Toretto O'Conner《

    — O namorado da Clarice é do mundo dos rachas. Foi para Miami e apostou com um cara de lá, só que esse cara aposta pessoas, principalmente garotas, e não carros ou dinheiro. 

    Millie inspirou surpresa. 

    — O namorado da Clarice apostou ela — Dominic inclinou a cabeça para trás e pôs as mãos sobre a mesma em descrença. 

    O mundo das apostas pode ser perigoso assim. Clarice nem sequer tinha concordado com a aposta, o namorado simplesmente achou que ganharia. Mas o oponente tinha nitro em segredo, ele joga assim. Não é trapaça, apenas garantia de vitória. Bom, depois do fato de ser um bom piloto.  

    Todos ficaram pensativos, então Brian especulou: 

    — Deve ser a mesma pessoa que te drogou. 

    — É um capanga diferente, mas pode ser o mesmo chefe — suspirei — Vou ter que ver com o meu pai, tenho a descrição em desenho do capanga. 

    — E sobre a garota? — Noah descruzou os braços, fazendo a água se movimentar em ondulações.

    — Quero resolver isso também, mas acho que não vai ser tão rápido. 

    Passei a mão no rosto. Quero tirar Clarice de Miami o mais rápido possível, mas ainda tenho meu problema com Scott, com um antigo traficante do meu pai e as aulas estão voltando amanhã. Sem contar que para eu ganhar Clarice de volta eu terei que correr e apostar alguém. 

    Esfreguei as têmporas e senti Aidan apertar meu ombro em conforto. 

    — Vamos conseguir ajudá-la — Gallagher falou em um tom para que só eu conseguisse ouvir e sorriu de forma reconfortante. 

    — No momento estou mais preocupada em manter todos vocês longe de drogas e possíveis sequestros. 

    Midnight sorriu e pude ver a vontade que ele tinha de me abraçar e de me beijar. Então disse sem som um "depois" e ele assentiu. 

    Passamos o resto da tarde na casa da Sadie e depois eu e Gallagher nos despedimos de todos. Sadie reclamou que estávamos indo embora cedo, mas Millie a lembrou de que tínhamos que arrumar as coisas para a escola. 

    Saindo da casa das meninas, tivemos que andar mais um pouquinho porque Gallagher estacionou longe da casa para pegar a sombra de uma árvore. 

    — Que tal eu dirigir? — esbarrei nele com o ombro. 

    Ele riu, ajeitando minha mochila em seu ombro. Então pôs a mão no bolso e tirou a chave do carro, me entregando a mesma. 

    Sorri igual criança recebendo doce e dei um pulinho feliz. 

    — O que eu não faço para ver esse sorriso? — Gallagher riu e imitou meu pulinho. 

    Beijei sua bochecha e sai correndo para o lado do motorista, ele correu logo atrás de mim, só que parando do lado do passageiro. 

    Dentro do carro coloquei uma música latina e Aidan e eu cantamos até chegar em sua casa. 

    — Achei que a Demon dirigia mais rápido — Gallagher olhou para cima como alguém que não queria nada e sorriu brincalhão. 

    — É porque você não andou comigo em uma corrida — peguei minha mochila no banco de trás e desci do carro. 

    — Será que eu deveria mudar seu apelido para tartaruguinha? — Ele desceu do carro e pegou suas compras no porta malas.

Velozes e furiosos: um legado com fantasmasOnde histórias criam vida. Descubra agora