Capítulo 50

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》S/n Toretto O'Conner《

    Peguei a corrente e procurei um lugar onde poderia soltá-la, já que ela estava ao redor do pescoço do cachorro. Ao virar de costas para o cachorro, senti ele inspirar e expirar o cheiro do meu cabelo. Achei por onde soltar a corrente e o soltei. 

    — Prontinho, está livre — me virei para ele e ele rosnou — O que foi? 

    Me afastei um pouco dele e percebi que ele não estava rosnando para mim. Não, ele está rosnando para alguém atrás de mim. De repente ele saltou por cima do meu ombro e um grito masculino ecoou no beco. 

    — Cachorro desgraçado! 

    Em seguida um choro vindo do pastor alemão. Me virei e o homem tinha jogado o cachorro contra a parede, ele agora tentava se levantar do chão. Um dos braços do homem estava sangrando e com outro ele segurava uma faca, se preparando para atacar o animal. 

    Como um raio, me levantei e desarmei o homem, que me olhou assustado, mas logo ele sorriu perverso. Mantive a calma e quando ele veio me pegar desviei e puxei o cachorro para fora do beco. Assim que sai do beco, tropecei e caí no chão. De frente para o homem, comecei a me afastar, ainda no chão. 

    O pastor alemão pulou entre minhas pernas e rosnou para o homem, ele estava aguentando firme mesmo com a dor e a fraqueza. Em alguns segundos, alguns funcionários dos restaurantes e lojas dessa região correram até nós e cercaram o homem, o prendendo. 

    — Está bem, garota? — uma mulher perguntou ao me ajudar a ficar de pé. 

    — Estou, só alguns arranhões. Obrigada — Agradeci. 

    — Scott mandou lembranças! — O homem gritou para mim. 

    Ok, depois dessa é melhor eu ir para casa. Mas antes, dei um jeito de soltar a corrente ao redor do pescoço do cachorro. Me levantei e andei até uma parede para colocar a corrente para que ninguém tropeçasse, quando virei para trás o pastor alemão não estava atrás, ele estava ao meu lado. Dei um passo para frente e ele também deu, voltei um para trás e ele também. 

    — Acho que já temos um lar para você… — pensei em um nome — Dexter. O que acha? 

    O cachorro balançou o rabo e levantou as orelhas ao ouvir o nome que dei. Acho que isso é um sim. 

    
    — Temos um novo membro na família! — disse ao entrar na sala com Dexter. 

    Só estavam meus pais em casa, Jack foi para a casa de Gallagher. Meu pai se levantou do sofá, admirado. Então sorriu e apontou para Dexter. 

    — Nosso? — Ele perguntou. 

    Assenti e me agachei ficando ao lado do cão, o acariciando. Minha mãe desceu as escadas e nos encontrou na sala, seu olhar foi imediatamente para o cão ao meu lado, magro e descuidado. 

    — Tadinho — ela pôs a mão na boca. 

    — Já escolheu um nome? — meu pai se agachou perto do sofá. 

    — Dexter — fiz carinho na cabeça do Dexter. 

    — Dexter — meu pai chamou — Vem cá amigão.

    Dexter me olhou, como se pedisse permissão. 

    — Fique à vontade, você faz parte da família agora — me levantei. 

    Dex foi até meu pai e brincou um pouco com ele, enquanto eu fui para a cozinha, peguei uma bacia e pus água. Voltei para a sala e chamei Dex para beber água, depois peguei o resto do almoço e dei para ele, aproveitei para contar aos meus pais o que aconteceu. 

Velozes e furiosos: um legado com fantasmasOnde histórias criam vida. Descubra agora