Capítulo 43

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Capítulo 43 💐

|Luan|

Eu estava cansado, minhas costas ainda doíam, minhas pernas estavam doloridas, porque eu parecia não suportar o peso do meu corpo, devido minha fragilidade. As injeções foram fortes demais e estão fazendo efeito até agora.
— Dona Margareth está bem, Rose está com ela e a Charlotte está arrumando as coisas dela com a ajuda do Erick. — Cecília entrou no quarto, com uma bandeja em mãos. — Vim trazer seu almoço, não pode ficar sem comer!
— Obrigado. — agradeci e ela sorriu pra mim, colocando a bandeja sobre a cama.
Com sua ajuda, eu me sentei na cama, me encostando nos travesseiros, escorados na cabeceira. Cecília arrumou o prato, os talheres e o copo com suco, sentou-se ao meu lado e ainda perguntou se eu conseguia comer sozinho.
— Consigo. — murmurei, pegando o garfo e a faca. — Eu queria melhorar, te levar pra passear na cidade como prometi...
— Não se preocupa com isso, vamos dar uma volta na cidade outro dia, quando você estiver melhor, temos todo tempo do mundo pra isso.
Assenti, voltando a me concentrar no meu prato. Minhas mãos estavam fracas, além das injeções, eu ainda tomei os remédios da manhã e fiquei mais fraco do que estava. Não quero ter que pedir para Cecília me dar comida na boca, eu sou tão jovem e nem pra isso, eu sirvo.
— Eu te ajudo. — Cecília levou a mão na minha direção e eu prontamente neguei. — Vamos, Luan, não tem mal algum nisso, você está fraco por conta dos remédios, entenda seu lado!
— Eu dou conta. — insisti, tentando cortar a carne com a faca.
— Deixa eu ajudar. Você precisa comer! — pegou a faca e o garfo das minhas mãos. — Veja pelo lado bom, é um privilégio ser mimado por mim! — levantou os ombros, convencida e nós rimos.
— Vou me acostumar mal! — levantei uma sobrancelha.
— Não tem problema. — levou o garfo na direção da minha boca. — Eu faço aviãozinho, se você não abrir a boca agor... — não esperei ela terminar e abri a boca. — Muito bem!
— Sem aviãozinho. — murmurei.
Ela riu, jogando a cabeça para trás e pegou mais uma garfada no prato.
— Então seja bonzinho, ou vou precisar partir para o ridículo do aviãozinho.

...

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