Capítulo 45

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Capítulo 45 💐

|Luan|

Nove horas da noite.
Cecília estava no quarto comigo, me ajudando a vestir minha roupa, depois do banho que tomei, com muita dificuldade. Ainda estou cansado, as dores aparentemente sumiram, mas o sono, o cansaço e o desânimo ainda me consomem.
Eu escutava os resmungos de Charlotte pelo corredor, malas sendo arrastadas, portas batendo e a voz do Erick ecoando pelo corredor.
— Onde a dona Margareth está? — questionei Cecília.
— Ela foi para a fazenda da Rose e do Paul, disse que vai passar a noite por lá. — Cecília respondeu, enquanto penteava o meu cabelo. — O Antony levou ela quando foi embora.
— Conheceu o Antony? — murmurei.
— Sim, ele parece ser bem legal, um rapaz cheio de sonhos e muito humilde, espero que ele consiga alcançar seus objetivos.
— Eu também. — suspirei, abaixando os ombros.
— Pronto, gostou? — Cecília terminou de arrumar o meu cabelo e virou o espelho na minha direção.
— Demais, muito obrigado. — dei um breve sorriso, deslizando meus dedos pelo cabelo.
— Luan, abre a porta! — Charlotte esmurrou a porta várias vezes. — Por que você está trancado aí dentro com a mexicana? Hein? Eu quero falar algumas coisas antes de ir embora, porque não pense que vou sair de cabeça baixa dessa CASA! — esmurrou a porta outra vez.
— Tranquei a porta justamente para não ter que olhar na sua cara. — respondi impaciente. — Não tenho nada pra falar com você, vai embora de uma vez e me deixa em paz.
— Saiba que eu vou embora, mas eu volto! Volto poderosa, rica, milionária e vou acabar com a sua fazenda, acabar com essa sua vida miserável, acabar com essa felicidade que te resta, seu imprestável, inútil! Você parece um morto-vivo vegetando em cima dessa cama e eu voltarei pra assistir sua morte triste e solitária. Imbecil!
— Eu vou socar essa menina. — Cecília sussurrou, se afastando, mas alcancei sua mão antes que ela fosse até a porta.
— Ignora que ela vai embora logo, não quero prolongar mais a presença dela nessa casa, por favor!
— Não vai me responder, seu covarde? — Charlotte insistia, batendo na porta. — Tudo bem, espero que acompanhe meu triunfo na mídia e sinta inveja do meu sucesso e da vida que você NUNCA terá!

...

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