Capítulo 126

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Capítulo 126 💐

|Cecília|

— Dona Margareth, a senhora sabe onde está minha mãe? — entrei na cozinha, acompanhada de Luan e elas nos olhou sorridente.
— Fico feliz toda vez que vejo o Luan andando normalmente e sem a bengala. — juntou as mãos.
— Eu também fico igualmente feliz! — respondi e Luan deixou um beijo em minha têmpora, me abraçando de lado.
— Mas quanto a sua mãe, ela foi ao cinema... — desviou o olhar.
— Sozinha? — Luan arqueou um sobrancelha e dona Margareth suspirou, fazendo um som com a boca.
— Ela falou pra eu dizer que ela foi sozinha, mas ela foi com o Arnold. — falou de uma vez e eu comecei a rir. — Mas por favor, finjam que não sabem de nada quando ela voltar!
— Vou fazer a sonsa, fica tranquila dona Margareth! — respondi rindo.
— Será que já voltaram? — Luan questionou assim que escutamos barulho de carro parando na frente da casa.
— Acho que não, eles saíram faz pouco tempo! — dona Margareth franziu o cenho, confusa.
Luan soltou minha cintura e saiu da cozinha, eu e dona Margareth fomos atrás, era final de semana, normalmente ninguém vinha na fazenda nesses dias, a não ser à convite do Luan ou quando algum peão tinha alguma coisa importante pra avisar.
— Não acredito! — sussurrei para mim mesma, quando Charlotte desceu do carro.
— O que você quer aqui, Charlotte? — Luan entrou na minha frente, enquanto Charlotte batia a porta do carro e caminhava apressada na direção da casa.
— Voltando pra minha casa...
— Aqui não é sua casa! — Luan respondeu impaciente. — Vai embora, você e o Erick. — apontou para o Erick que estava dentro do carro.
— Eu quero falar com a mexicana!
— Meu nome é CECÍLIA! — a corrigi impaciente.
— Que seja!
— Pode falar então. — levantei as sobrancelhas.
— A sós, querida!
— Não vou conversar com você a sós! Não confio em você, nenhum pouco. — respondi, cruzando os braços.
— E quer que eu fale na frente de todo mundo então? Ótimo, vai ser melhor! — colocou sua bolsa sobre uma cadeira.
Por um momento, Luan saiu da porta, me deixando sozinha com Charlotte e dona Margareth, não faço ideia do que ele foi fazer, mas eu não vou pra lugar algum sozinha com a Charlotte e com o Erick.
— Fala! — a encarei furiosa.
— Primeiro, seu jeitinho de princesinha, não me convence NADA! Maldita hora que a Judite te trouxe pra dentro dessa casa. — apontou o dedo na minha cara. — Você chegou aqui, fazendo a boa samaritana, fez a perfeitinha, fofa, sensata e defensora do ex inútil que ficava pra cima e pra baixo com aquela bengala. Fez ele cair no seu plano de GOLPISTA, fez ele se apaixonar por você, FEZ UM FILHO COM ELE... — apontou para minha barriga. — SE CASOU e está pronta pra dar o próximo passo, que é matar ele! Você acha que não conheço gente de sua laia? Vadia, meretriz do inferno, você se meteu na MINHA CASA, na MINHA FAMÍLIA e pensa que vai tirar tudo de mim, mas você NÃO VAI! — me empurrou e eu voltei, devolvendo um tapa em seu rosto.
— PERDI A PACIÊNCIA COM VOCÊ, CHARLOTTE! — a empurrei pra longe. — Eu não sou como você, eu jamais me aproveitaria da bondade do Luan, jamais ficaria com ele por interesse! Se estou ao lado dele é porque eu AMO ELE, entendeu? Nem você, nem o inútil do Erick, nem ninguém vão mudar isso, fui clara? Agora sai daqui, essa fazenda é mais minha do que sua!
— Viu, Luan? Ela colocou as asinhas pra fora! — Erick se aproximou e eu respirei fundo, sinto que estou prestes a estapear os dois.
— Vocês ouviram? Saiam os dois! — Luan veio para o meu lado. — Porque eu já acionei a polícia! Afinal estão invadindo minha propriedade, sem minha permissão.
— Eu vou, sim! Mas eu quero deixar um aviso pra vocês dois. — Charlotte se afastou, pegou sua bolsa e tirou um revólver de lá de uma vez, apontando na minha direção.
— MEU DEUS, FICOU DOIDA, CHARLOTTE? — dona Margareth grudou a mão em meu braço e tentou me puxar para trás.
— Abaixa essa merda! — Luan respondeu impaciente e a minha única reação era ficar parada no lugar que eu estava, encarando, assustada e trêmula, o revólver na mão de Charlotte.
— Eu vou embora e vou dar um prazo de vinte e quatro horas pra Cecília SE MANDAR DESSE PAÍS ou eu volto e vou matar ela! — Charlotte destravou o gatilho e Luan me puxou de uma vez para trás.
— Vai embora, Charlotte, se continuar com essa palhaçada, eu vou acabar com sua carreira de merda, igual acabei com a do Erick!
— Você acha que acabou! — Erick corrigiu Luan, que riu, negando com a cabeça.
— Acabei, sim, Erick! Eu mesmo estando cinco anos sem montar, tenho mais fama e reputação que você, aliás, se é que você chegou a ter um dos dois! — Luan respondeu irônico e Erick o empurrou de uma vez contra a parede, tão forte que ele bateu as costas de uma vez.
— Eu vou arrebentar sua coluna de novo se você não calar a boca! — apertou seu braço contra o pescoço de Luan.
— Solta, Erick, solta ele! — pedi, tentando tirar o braço dele de cima de Luan. — SOLTA, ERICK!
— Fica quieta, sua nojenta! — Charlotte balançou o revólver na minha direção.
Ela é tão idiota, que nem sabe manusear um revólver corretamente.
— Eu também tenho um. — Luan respondeu, rindo e afastou Erick apontando um revólver na direção de Erick. — Eu moro em uma fazenda, no Texas, vocês dois acham mesmo que eu não ia ter um revólver em casa?
— Santo Deus, larga isso, Luan! — dona Margareth pediu.
— Vou mandar uma última vez... — Luan fez uma pausa, sem tirar o revólver da mira de Erick. — Saiam.da.minha.fazenda.agora!

...

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