Capítulo 95

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Capítulo 95 💐

Uma semana depois.

|Cecília|

As coisas na fazenda pareciam calmas demais, apesar da colheita de milho ter começado. O Erick sumiu desde o campeonato em Las Vegas, a Charlotte também desapareceu do mapa, só temos notícias dela, quando ela aparece na televisão em algum desfile ou fazendo propaganda de uma marca de roupa caríssima.
O advogado do Luan já estava vendo a possibilidade do casamento acontecer esse mês, em breve ele nos traz a resposta, então vamos começar os preparativos para a pequena cerimônia, que vai acontecer na casa da fazenda mesmo, simples e sem exageros, apenas para oficializarmos nossa união perante a justiça americana.
Hoje o Antony chega de Las Vegas, então eu e dona Margareth estávamos preparando uma pequena comemoração, como ele chegaria pela tarde, decidimos fazer um café da tarde bem completo e pra deixar tudo com um ar comemorativo, colocamos algumas bexigas na varanda, onde seria servido o café.
— Gostei da decoração. — Luan comentou, enquanto eu me abaixava para pegar alguns enfeites que o vento derrubou.
— Ideia da Cecília. — dona Margareth comentou animada e por um momento sua voz pareceu tão distante.
Pisquei os olhos várias vezes e me levantei bem devagar, me senti um pouco tonta, como se a minha cabeça estivesse girando lentamente.
— Esse bolo foi você que fez, dona Margareth? — escutei a voz de Luan e devolvi os enfeites sobre a mesa.
— Foi a Cecília, é um bolo de milho, feito com os milhos aqui da fazenda.
— Deve estar maravilhoso, Cecília capricha em tudo que faz. — Luan respondeu e eu virei na sua direção, me desequilibrando completamente.  — Cecília, tudo bem?
— O que aconteceu, minha filha? Parece que tropeçou em alguma coisa! — dona Margareth parou na minha frente.
— Minha cabeça está muito ruim. — fechei os olhos e respirei fundo. — Estou enjoada também, acho que tive uma queda brusca de pressão, deve ter sido o calor!
— Fica aqui com ela, Luan, vou buscar um copo d'água gelado. — dona Margareth me colocou sentada no sofá e afastou-se apressada.
— Está me dando náuseas. — abri minha blusa, angustiada. — Que sensação ruim, que enjôo horrível, meu Deus!
— Vou chamar um médico pra você, não é normal ficar tão mal assim repentinamente. — Luan sentou-se ao meu lado no sofá, enquanto me mantinha de cabeça baixa e olhos fechados.
— Não precisa, vou me deitar e ficar quietinha pra ver se melhoro. — suspirei fundo.
— Aqui a água! Está bem gelada, não coloquei sal e nem açúcar, porque não sei se sua pressão está baixa mesmo. — dona Margareth me entregou um copo d'água nas mãos.
— Dona Margareth, por favor, liga o ar condicionado do meu quarto, arruma a cama e deixa a porta fechada, a Cecília vai deitar lá até ela melhorar.
— Obrigada, dona Margareth. — terminei de beber minha água, devolvendo o copo.
— Vou arrumar a cama e você vai deitar lá e ficar quietinha. — Margareth apontou o dedo na minha direção e saiu, levando o copo.
— Está melhorando? — Luan passou a mão no meu cabelo e eu neguei com a cabeça. — Vamos, vou te acompanhar até o quarto. — apoiou sua bengala no chão e se levantou, estendendo a mão na minha direção.
Segurei sua mão, respirei fundo e me levantei bem devagar. Minha cabeça ainda estava girando, meu estômago embrulhado e minhas pernas estavam bambas, não comi nada de errado, não sei o que deu em mim, literalmente não sei.
— Vou ficar aqui com você. — Luan me acompanhou até a cama, onde eu me sentei e comecei a tirar minha blusa desesperadamente, estava me sufocando de calor.
— Vai lá receber o Antony, manda um abraço pra ele e avisa que não pude participar porque estou indisposta.
— Não vou te deixar sozinha. — insistiu e eu subi meus pés para cima da cama.
— Acho que vou morrer. — me deitei de uma vez, fechando os olhos e respirando fundo.
— Se você não melhorar, vou te levar no hospital hoje mesmo. — sentou-se ao meu lado.
— Acho que vou vomitar, Luan, que agonia. — desci apressada da cama e corri na direção do banheiro.
Eu estou PÉSSIMA!

...

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