Capítulo 83

864 39 0
                                    

Capítulo 83 💐

|Luan|

— E como eu poderia conseguir esse visto mais rapidamente? — questionei.
— Se a Cecília se casasse com um americano, o visto dela sai na hora praticamente. — Arnold respondeu e no mesmo instante Cecília entrou no escritório.
— Oi, boa tarde! — fechou a porta. — A dona Margareth disse que tinham me chamado.
— Sim, sim, foi eu que pedi. — Arnold levantou-se da sua cadeira. — Espero não ter atrapalhado! — estendeu a mão na direção de Cecília.
— Não atrapalhou, imagina. — cumprimentou Arnold. — Mas já imagino sobre do que se trata o assunto.
— O visto! — Arnold respondeu, soltando um longo suspiro. — Não consegui ainda, a embaixada colocou em sua ficha que você teve atitudes indisciplinares em território americano, a justificativa deles te detona do começo ao fim...
— Mas o que eles queriam? Que eu ficasse calada, aguentando a falta de educação deles? — Cecília gesticulou com as mãos, impaciente.
— Vou continuar tentando seu visto e fique tranquila, você ainda possui uma autorização judicial válida e estendida.
— Mas e quando o prazo dela acabar? — torceu os lábios.
— Até lá, espero estar com o seu visto em mãos!
— Não tem um jeito mais fácil de conseguir esse visto? — insistiu. — Um documento? Alguma coisa, não sei!
— Se você se casasse com um americano, o visto viria mais rápido. — Arnold respondeu e Cecília abriu a boca, mas não disse nada. — É praticamente impossível te negarem um visto, estando casada com um americano, isso raramente acontece, muito raro mesmo, eu, por exemplo, nunca vi nada assim.
— O que é raro? Um americano e um mexicano se casarem ou negarem um visto a um mexicano casado com um americano? — Cecília perguntou perdida.
— Os dois. — Arnold levantou os ombros e eu suspirei, coçando minha testa.
— Eu me casaria com ela. — respondi, impaciente e os dois me olharam ao mesmo tempo.
— Bom, ela conseguiria o visto muito rápido, mas casamento é mais que um documento, é um vínculo sentimental, envolve amor e...
— Exatamente, eu e Cecília já temos tudo isso! — levantei os ombros e ele me encarou boquiaberto.
— Han... muito obrigada pelas explicações, doutor Arnold, eu espero que dê tudo certo, seja como for! — Cecília chamou a atenção de Arnold, que apenas concordou com a cabeça.
— Eu preciso ir agora, amanhã volto com o seu contador e nós vamos falar sobre o que aconteceu com o dinheiro. — Arnold pegou suas pastas sobre a escrivaninha. — O que o Erick cometeu foi crime!
— Foi o Erick mesmo então? — Cecília questionou, visivelmente curiosa.
— Sim, foi! — suspirei fundo. — Entraram em contato com o gerente do banco e ele confirmou que o Erick fez uma retirada altíssima!
— Irresponsabilidade do gerente, como ele autoriza que uma pancada de dinheiro como essa seja retirada de uma vez, sem nem te comunicar? — Arnold questionou, negando com a cabeça. — Absurdo! Mas vamos resolver a situação, fica tranquilo, Luan! Amanhã às nove estarei aqui. — estendeu a mão na minha direção e eu fiz o mesmo.
Arnold se despediu de Cecília e saiu do escritório, nos deixando sozinhos.
— Até assustei quando disse que se casaria comigo. — Cecília sentou-se na cadeira a minha frente.
— Mas eu me casaria mesmo com você, Cecília! Não pelo visto, me casaria com você, porque te amo, porque existe felicidade entre nós dois, porque conheço seu coração. — fui sincero e ela sorriu, segurando minha mão sobre a escrivaninha.
— Eu também me casaria com você!
— E eu seria o padrinho! — Erick entrou de uma vez no escritório e Cecília soltou minha mão sobre a mesa. — Você não perdeu tempo, hein mexicana?
— O que você está insinuando? — Cecília levantou-se de sua cadeira no mesmo instante.
— Nada. — levantou os ombros. — Vim falar com o Luan, porque ele me chamou com urgência! Meu papo não é com você!

...

AMERICAOnde histórias criam vida. Descubra agora