Capítulo 74

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Capítulo 74 💐

Cecília me encostou de uma vez na cabeceira da cama, contra os travesseiros grossos de algodão. Dessa vez não tinha mais tecido algum cobrindo seu corpo, muito menos o meu, a luz do abajur estava baixa e eu queria poder ver seu corpo inteiro, queria registrar esse momento na minha mente pra nunca mais esquecer.
— Preciso te ver melhor, Cecília... — sussurrei.
— Eu sei como resolver. — sussurrou de volta, tirou suas mãos de mim, levantou-se da cama, aumentou a luz do abajur no último e se manteve parada ao lado do criado-mudo. — Assim? — jogou seu cabelo para trás.
— Exatamente assim. — percorri meus olhos em seu corpo, mas eu tinha uma necessidade enorme de tocar sua pele novamente. — Vem, volta pra cama... — estiquei minha mão na sua direção e ela subiu de volta na cama, segurando minha mão. — Melhor do que te olhar, é poder te tocar! — sussurrei contra os seus lábios.
Agarrei seu cabelo com as duas mãos e a beijei, enquanto ela estava cada vez mais sobre meu corpo. Sua língua escorregava sobre a minha e eu ainda sentia o doce do vinho, o que me deixava literalmente embriagado de desejo por ela.
— Isso é tortura. — ofeguei, quando ela segurou minha mão e levou para o meio de suas pernas.
— Eu sei que você sabe fazer isso, não se faça de inocente. — sussurrou em meu ouvido e eu sorri, deslizando meus dedos na entrada de sua boceta, penetrando bem devagar e tirando mais devagar do que antes. — De novo! — seu pedido saiu acompanhado de um gemido ao pé do ouvido. Repeti o mesmo movimento, o resultado eram seus gemidos baixinhos no meu ouvido e meus dedos extremamente encharcados.
— Eu só quero que nossa noite seja longa. — pedi, penetrando meus dedos mais uma vez.
— Vai ser! — encostou sua cabeça em meu ombro direito, arranhando meu braço esquerdo.
Encostei minha cabeça na cabeceira da cama, espremi meus olhos, cerrando meus dentes ao sentir sua mão segurar meu pênis.
— Quero outra coisa dentro de mim agora, cowboy!

Descemos os travesseiros, me deitei um pouco inclinado sobre eles e acompanhei cada movimento de Cecília sobre a cama.
— Não fecha os olhos agora. — ela pediu, se abaixando ao lado das minhas pernas.
— O que você vai f... — não consegui completar a frase, quando ela preencheu sua boca com meu pênis. Espremi os olhos e ela parou, me fazendo xingar qualquer palavrão que me veio a mente.
— Não fecha os olhos, olha pra mim! — insistiu e eu respirei fundo, concordando com a cabeça.
Ela sorriu pra mim, abriu a boca e voltou com o que fazia segundos atrás. Gemidos, gemidos e mais gemidos escapavam da minha boca, gemidos roucos, ofegantes, implorando pra que ela continuasse. Eu não fechei os olhos, acompanhava cada movimento seu e era como se o prazer ardesse em minhas veias.
Sua boca subia e descia, fazendo seus lábios e sua língua deslizarem pela glande.
— Por que... por que parou? — levei minha mão na direção do seu rosto, enquanto ela subia na minha direção e me dava um beijo.
— Porque vamos para a melhor parte. — sussurrou contra os meus lábios.
Cecília, literalmente, montou em cima de mim, levou sua mão para o meio de nossas pernas, segurou meu pênis já ereto, esfregou o mesmo contra a entrada da sua boceta e lentamente se preencheu, finalmente me deixando por inteiro dentro dela.
Gememos juntos.
Agarrei sua cintura com minhas mãos e a ajudei com os movimentos, ela subia e descia, rebolava devagar, aumentando os movimentos. Era uma tortura, mas a melhor tortura que eu pude sentir depois de anos. Foram anos sem ter essas sensações, mas eu ainda era o mesmo de antes na cama, talvez eu não possa fazer tudo que fazia, mas o que estiver ao meu alcance, eu vou fazer. Tirei minhas mãos da sua cintura e bati na sua bunda, agarrando-a com força, mexi seu quadril contra o meu, incentivando ainda mais seus movimentos.
— Só sai daí depois que gozar! — não era um pedido... dessa vez não.

Eu não conseguia fechar os olhos, apesar de estreitos, eu quero ver cada movimento de Cecília, quero registrar cada pequeno e mínimo detalhe dessas cenas. Deixei outro tapa em sua bunda, pressionando seu quadril para baixo.
— Gosto quando faz isso! — o sorriso de excitação em seu rosto, me deixava satisfeito em todos os sentidos.
— Vem comigo. — pedi e ela assentiu, jogando a cabeça para trás, fechando seus olhos. Deslizei minhas mãos até seus seios e os segurei, enquanto ela se movimentava forte em cima de mim. — Gostosa! Muito gostosa, só vai gozar quando eu gozar. — apertei seus seios com força.
— Não consigo mais segurar... — seu gemido manhoso era a melhor melodia que eu podia escutar nesse quarto, misturando com o som dos nossos corpos chocando-se um contra o outro.
Puxei Cecília de uma vez para mim, ela se debruçou sobre mim, encaixando seus lábios nos meus, sem parar de se movimentar, quanto mais perto estava nosso orgasmo, mais rápido e mais intenso ela se movimentava.
— Olha pra mim! — segurei seu cabelo e ela abriu os olhos, mantendo seus olhos sobre os meus. — Não para de olhar pra mim! — agarrei seu cabelo com força.
— Não vou parar... — gemeu baixinho.
Chegamos juntos no nosso orgasmo e ela só desviou o olhar do meu quando gozou, deixando seu corpo inteiramente trêmulo sobre o meu. Expeli tudo dentro dela e não deixei ela sair de cima, enquanto eu não terminasse de gozar.
— Luan... — escondeu seu rosto na curvatura do meu pescoço.
Relaxei meu corpo sobre a cama, fechei os olhos e respirei mais devagar, enquanto acariciava os cabelos de Cecília. O único som que escutávamos agora, era da nossa respiração ofegante, acalmando pouco a pouco. Desci minha mão até suas costas, molhadas de suor, estávamos encharcados de tanto suor.
— Fica aqui. — pedi, quando Cecília saiu de cima de mim.
— Eu vou ficar. — se aninhou em meus braços.
— Mas fica e não sai mais, por favor. — sussurrei, apertando seu corpo contra o meu.
Meu peito gritava... não dá pra esconder o que sinto por essa mulher, não dá pra sufocar mais esse amor dentro de mim.

...

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