Capítulo 86

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Capítulo 86 💐

|Luan|

Eu acordei bem cedo no outro dia, tomei café da manhã com Cecília e depois me comuniquei com meu advogado, agendando nossa conversa para as dez horas em ponto.
— O que foi que você está inquieta? — questionei Cecília, que não parava de bater a caneta na escrivaninha.
— Nada. — levantou os ombros. — Só preocupada com tudo que está acontecendo.
— Não precisa se preocupar com essas coisas, eu já estou resolvendo. — segurei sua mão que insistia em bater a caneta. — Pode confiar em mim!
— VOCÊ É UM DESGRAÇADO! — Erick entrou de uma vez no escritório, assustando a mim e a Cecília. — Ferrou todos os meus patrocínios, VOCÊ NÃO TEM VERGONHA NA SUA CARA?
— Você mesmo procurou isso. — respondi, sem dar muita atenção. — Inclusive, já assinei sua demissão, pode pegar e sair da minha fazenda. — empurrei uma folha sobre a escrivaninha.
— Você não me conhece, Luan! — apontou o dedo na minha direção. — Não devia ter testado a minha paciência. — aproximou-se da escrivaninha, puxando o papel assinado de sua demissão. — Você acha que ferrar meus patrocínios vai me fazer desistir do campeonato em Las Vegas? Está muito enganado!
— Já falou o que tinha pra falar, agora sai! — fui ríspido.
— Você sabe que esse campeonato é importante pra mim. Tão importante quanto sua Cecília. — grudou a mão no braço de Cecília, que se soltou no mesmo instante.
— Não me toca, seu imbecil!
— Você não vai tocar em um fio de cabelo dela, porque eu sou capaz de fazer pior do que já fiz agora! — esmurrei minha escrivaninha.
— Ah, não vou? — passou a mão no cabelo de Cecília, que se levantou da cadeira, dando a volta pela escrivaninha imediatamente. — Vamos ver então! — apontou o dedo na direção de Cecília. — Você pagou pra ver, Luan, agora vai receber a encomenda!
Erick saiu do escritório, batendo a porta tão forte que balançou o vaso de flores que estava encostado na mesma parede.
— Quem ele pensa que é pra segurar o meu braço daquele jeito?
— Ele não vai te machucar! — murmurei, perdido nos meus próprios pensamentos.
— Mas não vai mesmo, porque vou rasgar ele antes! — fechou as mãos com força.
— Depois do torneio, vou entregar ele e a Charlotte para a polícia...
— Por que não entrega agora? — cruzou os braços.
— Por medo do que ele pode fazer a você. — fui sincero. — Não quero que ele te machuque, Cecília, prefiro mil vezes que ele me bata, tire tudo de mim, do que te ver machucada por minha culpa! Eu espero que as ameaças dele, não passem apenas de palavras jogadas ao vento.
— Ameaça ele de volta!
— Preciso ir com calma, Cecília. Não quero que minhas atitudes precipitadas te machuquem. — a encarei, sério. Ela abaixou os ombros e apenas concordou com a cabeça. — Enquanto isso, vou pedir para o Paul e para outros peões da fazenda, impedirem a entrada do Erick na fazenda e da Charlotte também.
— Mas a Charlotte está em Nova Iorque...
— Não duvido nada dela bater aqui na porta daqui uns dias. — suspirei fundo, passando minha mão na nuca. — Que droga! — sussurrei impaciente.
— Olha, fica tranquilo, tudo bem? Isso vai passar! — deu a volta na escrivaninha e veio para o meu lado, dando um beijo na minha testa. — Hoje a tarde vamos descer para a piscina da fazenda.
— O quê? — exclamei assustado.
— Seus exercícios não podem parar!
— Estou com tantos problemas, Ceci! — abaixei os ombros, desanimado. — Não sei se tenho tempo pra isso!
— Tem que ter! — me advertiu. — Você tem que se cuidar! Cuido de você, mas preciso da sua ajuda. — colocou as mãos na cintura. — Então, como eu sou a fisioterapeuta e decido sobre seus exercícios, nós vamos dar continuidade, sim! — sorri, negando com a cabeça e ela se aproximou um pouco mais de mim, levando suas mãos sobre meus ombros. — E me chame de Ceci outras vezes, achei fofo você falando assim!
— Conta como exercício?
— Sim, pra me deixar mais apaixonada por você!

...

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