Capítulo 60

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Capítulo 60 💐

|Luan|

Cecília permitiu que nossa guia registrasse fotos suas perto das flores e no final do passeio, nós passamos na saída do museu e pegamos todos os registros que fizeram nossos.
— Vieram cópias também. — Cecília comentou, olhando dentro do envelope.
— Pedi cópias de todas, quero guardar como recordação. — fechei a porta do carro. — Pode ir. — pedi ao motorista.
— Eu amei, ficaram lindas. — ela olhava foto por foto.
— Principalmente as suas. — respondi e ela sorriu pra mim. — Acho que podemos passear de carro agora, vamos dar uma volta na cidade de ponta a ponta, queria continuar andando, mas agora preciso descansar um pouco das minhas costas.
— Sem problemas! — concordou, guardando as fotos no envelope novamente. — Posso abaixar o vidro?
— Claro, fica à vontade. Tira as fotos, faça perguntas se estiver curiosa, vamos fazer um passeio legal do mesmo jeito! E depois paramos em um lugar pra almoçar.
— Perfeito. — ela abaixou o vidro do carro e tirou sua câmera da proteção.
Nós entramos no centro de Dallas, estava bastante movimentado e por mais que eu não veja nada de interessante por aqui, Cecília fez questão de registrar todos os momentos possíveis em nossa passagem pelo centro.
— Olha aquele outdoor eletrônico. — Cecília apontou na direção do outdoor onde passava um registro de Charlotte, em propaganda para uma marca de grifes conhecida mundialmente.
— Parece que ela conseguiu. — comentei, visivelmente impressionado. — Agora, desejo que ela fique por lá e esqueça da minha existência.
— Amém! — Cecília puxou seu relicário, dando um beijo no pingente.
— Olha a catedral, os maiores casamentos acontecem aqui. — apontei para a enorme catedral.
— Tão linda quanto a catedral de Nossa Senhora da Guadalupe no México. — Cecília comentou registrando mais uma fotografia. — Deve ser um sonho casar nesse lugar!
— É sim... — suspirei fundo. — Era o meu sonho!
— Pode ser ainda. — voltou a me olhar e eu a encarei em silêncio por alguns instantes.
Ela tem razão, com certeza ainda é um sonho a se realizar.

(...)

Já eram três horas da tarde, eu tinha mostrado praticamente Dallas inteira para Cecília. Depois paramos em um restaurante e almoçamos, demoramos quase uma hora pra almoçar, jogar conversa fora e beber um pouco.
— A cerveja de vocês é muito boa. — Cecília comentou, enquanto entrávamos no carro. — E olha que eu nem bebo cerveja.
— A cerveja texana é a melhor que existe! — fechei a porta do carro. — Agora, pra finalizar nosso passeio, quero te levar no meu lugar favorito aqui em Dallas, depois da minha fazenda, claro.
— Então vamos! — Cecília respondeu animada, guardando sua câmera fotográfica.
O motorista já sabia exatamente onde era, apenas pedi que ele saísse com o carro. Depois da minha fazenda, a loja do cowboy é o meu lugar favorito em Dallas, ou melhor, no Texas inteiro. Tudo em artigo country, roupas, lembranças, presentes, calçados, chapéus, até minha bengala que foi decorada com um simples detalhe feito pelo artesão da loja.
— Olha se não é meu peão favorito! — Bruce abriu os braços assim que me viu entrar na loja.
— Oi, Bruce, vim trazer uma visitante aqui hoje. — olhei para Cecília que observava tudo ao redor, boquiaberta.
— Ah! Oi! — Cecília se apresentou, dando um tchauzinho para Bruce. — Sua loja é demais, olha o tanto de coisa country, impressionante.
— Fique à vontade, moça! A loja está a sua disposição. — Bruce apontou ao redor da loja. — Ela é sua nova namorada? — sussurrou quando Cecília se afastou, indo na direção dos chapéus.
— Não, é minha enfermeira nova e principalmente, minha amiga. — respondi.
— Sei! — ele deu uma risada alta e Cecília virou na nossa direção. — Quer dizer, legal, muito bom. — coçou a garganta.
— Gostei desse chapéu. — Cecília colocou o chapéu na cabeça e depois tirou, olhando a etiqueta, consequentemente arregalando os olhos.
Eu e Bruce nos entreolhamos e eu fui na direção de Cecília, que olhava chapéu por chapéu.
— Qual deles você tinha colocado na cabeça? — perguntei e ela pegou o chapéu branco com um detalhe dourado.
— Esse. — colocou na cabeça novamente.
— Então pode levar, é um presente meu! Inclusive, ele te deixa mais linda do que já é, se é que isso é possível.
— Luan, é tão caro... — Cecília sussurrou, tirando o chapéu da sua cabeça.
— E daí? — sussurrei de volta. — Não faça desfeita de um presente que te deixou tão linda! — tirei o chapéu da sua mão e coloquei na sua cabeça novamente.
— Eu nem sei como te agradecer. — sorriu, deslizando suas mãos sobre o chapéu no alta da sua cabeça.
— Ficou linda com o chapéu. — escutei Bruce comentar. — É um dos mais cobiçados da loja e encaixou perfeitamente na sua cabeça.
— Obrigada! — Cecília riu, tirando as mãos do chapéu. — E muito obrigada pelo presente, Luan, me sinto uma verdadeira fazendeira texana. — arrebitou o nariz e nós rimos.
— Pode olhar o restante da loja, te espero. — respondi e ela assentiu, tirando o chapéu da cabeça. — Vou pedir para o Bruce colocar em uma caixa especial da loja. — estendi a mão na sua direção.
— Tudo bem. — me entregou o chapéu. — Obrigada novamente! — sorriu pra mim e eu sorri de volta.
Enquanto Cecília olhava toda a loja, eu e Bruce jogávamos conversa fora, mas eu não conseguia tirar os olhos de Cecília, a felicidade dela, observando cada mínimo detalhe da loja, me deixava completamente perdido em meus pensamentos. Até Bruce percebeu que eu já não me concentrava mais no que ele me dizia, meu foco era todo nela.

(...)

Chegamos na fazenda no entardecer da noite, nós iríamos finalizar a noite com um jantar preparado pela Cecília, somente eu e ela.
— E aí? Como foi? — Margareth perguntava animada.
— Maravilhoso, Luan foi um companheiro incrível nesse passeio. — Cecília respondeu sorridente. — Eu vou tomar banho, guardar minhas coisas e volto pra fazer nosso jantar! Amanhã te conto tudinho, dona Margareth.
— Te espero. — respondi e ela saiu da sala, levando sua bolsa e a caixa com o chapéu.
— A encomenda chegou, está no seu escritório. — Margareth sussurrou pra mim. — Fiz como me pediu pela mensagem, passei seu cartão com aquela senha e deixei bem guardado no lugar de sempre.
— Obrigado, dona Margareth! Agora, observa quando ela entrar no banheiro, pega a caixa e coloca em cima da cama dela, só espera um pouco que vou escrever um cartão.

...

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