Capítulo 139

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Capítulo 139 💐

Um mês depois.

|Cecília|

— Como está lá fora? — perguntei para minha mãe, enquanto ela terminava de me ajudar a vestir.
— Tudo lindo, tudo sob controle! — fechou meu vestido. — Pronta!
— O Luan está lá? E a Analu?
— Está, claro que está! — respondeu, rindo. — A Analu está com a dona Margareth, toda bonequinha de vestidinho branco.
— Vai entrar comigo? — perguntei quando ela me entregou o buquê e o rosário nas minhas mãos.
— Vou, como prometi ao seu pai! — sorriu pra mim. — Uma semana antes dele morrer, ele disse que se no dia do seu casamento, ele não estivesse aqui para entrar com você, então era pra eu ir no lugar... acho que ele sentia que alguma coisa ia acontecer.
— Vai me fazer chorar! — senti meus olhos marejarem.
— Não, nem pensar! — bateu palmas. — Seu pai deve estar em festa no céu, por te ver feliz e por te ver casando com um homem tão bom quanto o Luan! SEM CHORO! — estalou os dedos e eu ri.
O casamento acontecia na fazenda, ao entardecer, no pasto baixo e esverdeado, decorado com branco e amarelo, afinal o amarelo nos feliz da última vez que o puxamos em uma fita.
Os convidados estavam a minha espera, assim como o padre, os padrinhos, minha filha e meu Luan.
Minha mãe me acompanhou do começo ao fim, em uma disputa de quem estava mais emocionado, eu, minha mãe, dona Margareth, o Luan ou a Analu que já resmungava querendo meu colo.
— Desejo que o amor e a felicidade de vocês seja pra sempre. — minha mãe me entregou a Luan e se afastou, indo até onde Arnold estava.
— Sua beleza ofuscou a luz do sol. — Luan sussurrou, deixando um beijo em minha testa.
— Eu te amo! — sussurrei de volta.
Nos viramos de frente para o padre, frente ao pôr do sol.
Em um momento da cerimônia, olhei para Luan que escutava atento tudo que o padre falava e de um coisa eu tenho certeza: eu direi "sim" a ele nessa e nas outras vidas que virão.


Dois meses depois.


Hoje era a inauguração do restaurante, meu e da minha mãe. Estávamos animadas, mal dormimos durante a noite, ela ansiosa e eu mais ainda.
É bem no centro de Dallas, nossa especialidade vai ser comida mexicana, mas também faremos outros pratos típicos da região texana.
— Esse tanto de gente pra nos receber? — comentei com minha mãe.
— Claro, reconhecem um bom restaurante de longe. — Luan comentou, segurando Ana Lúcia nos braços.
— Já está na hora da inauguração! — dona Margareth apontou para o relógio de pulso em seu braço.
— Todo mundo lá fora aguarda pelo almoço mexicano! — Arnold comentou.
— Que nervoso, Cecília! — minha mãe grudou a mão em meu braço e eu ri, revirando os olhos.
Eu, minha mãe, Luan, nossa filha, dona Margareth, doutor Arnold e os funcionários do restaurante fomos até a entrada, demos boas vindas a todos os clientes, recebemos um por um e finalmente inauguramos nosso restaurante.
— O que foi, querida? — minha mãe questionou, enquanto eu tentava me sentar em uma das mesas.
— Minha pressão caiu. — balancei as mãos na frente do rosto.
— Vou buscar uma água pra ela! — doutor Arnold saiu e todos que sobraram na mesa, me olhavam curiosos e atentos.
— Gente, o que foi? — franzi o cenho.
— Queda de pressão, sei! — dona Margareth semicerrou os olhos na minha direção.
— Sua última queda de pressão chama Ana Lúcia! — Luan ergueu a neném nos braços e ela deu uma risadinha pra mim.
— Grávida? De novo? — minha mãe arregalou os olhos.
— Eu não sei. — ri, negando com a cabeça. — Talvez seja, ultimamente eu e o Luan estamos... — parei de falar e minha mãe balançou as mãos na minha direção.
— Já entendemos. — ela ironizou e nós rimos.
— Acho que alguém vai ganhar um irmãozinho! — Luan beijou a bochecha de Analu. — Agora o peãozinho vem!
— Para de falar que ele vai ser peão!
— Analu vai então!
— Não estou ouvindo. — tapei meus ouvidos e ele riu alto.

...

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