Capítulo 70

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Capítulo 70 💐

|Luan|

Me troquei com a ajuda de Cecília e depois fiquei sentado na minha cama, esperando ela se arrumar.
— Amanhã vamos usar a academia do hotel pra gente fazer alguns dos seus exercícios. — Cecília saiu do banheiro, fechando sua longa saída de banho.
— Nossa, que linda! — acho que expressei meus pensamentos altos demais.
— Obrigada. — respondeu sorridente. — Vamos? Nós damos uma passadinha na piscina e depois almoçamos.
— Tudo bem. — puxei minha bengala encostada no criado-mudo, firmei-a no chão e me levantei. Olhei na direção de Cecília e ela me observava em silêncio e sorrindo, custei entender o motivo do seu sorriso, mas acredito que tenha sido a minha facilidade em levantar da cama "sozinho".
— Fico tão feliz com sua evolução dia após dia! Quando voltarmos de viagem, vamos intensificar seus exercícios e consultar seu ortopedista, vamos rezar para ele dar o sim para sua tão sonhada cirurgia. Tenho fé que em breve você não vai mais precisar dessa bengala. — veio na minha direção, me dando um selinho rápido.
— Tenho uma fisioterapeuta dedicada e que tem feito muito por mim. — respondi e ela sorriu, fazendo carinho em meu rosto.
Saímos do quarto juntos, Cecília travou a porta, veio para o meu lado, passou seu braço no meu e nós caminhamos juntos para a área da piscina. Tinham poucas pessoas quando chegamos, nos acomodamos em uma mesa embaixo de um enorme guarda-sol, enquanto Cecília avaliava a temperatura da água e se compensava mesmo entrar na piscina nesse horário.
— Está nublado, fazendo tempo de chuva, vou entrar e aproveitar, porque sinto que mais tarde vai chover muito. — deixou seu chapéu sobre a mesa e começou a desamarrar a saída de banho. — Não quer entrar?
— Amanhã eu entro, hoje estou desanimado. — dei de ombros.
— Vou estar aqui perto da borda, assim não te deixo sozinho. — desceu a saída de banho e foi inevitável não observar cada curva, esculpida minuciosamente de seu corpo.
Pisquei os olhos, saindo do meu transe, quando ela caminhou até a escada da piscina e entrou aos poucos na água.
Ela mexe com todos os meus pensamentos e, de atrevida, tem invadido meus sonhos.

— Você devia entrar, a água está maravilhosa. — Cecília apoiou os braços na borda da piscina.
— Entro amanhã, prometo. — respondi e ela riu, revirando os olhos.
Ela se afastou e voltou a nadar como fazia antes, enquanto isso, eu a acompanhava com o olhar, era uma distração perfeita passar meu tempo observando ela na piscina.
— É sua namorada? — escutei alguém chamar minha atenção. Virei um pouco do meu rosto e tinha um rapaz mais ou menos ao meu lado, olhando na direção de Cecília.
— Como? — questionei impaciente.
— A moça com quem estava conversando, é sua namorada? — tirou o óculos de sol e me olhou.
— Sim, é. — menti, voltando minha atenção para Cecília.
— Você não é aquele peão? O inalcançável campeão de Las Vegas. — levantou as mãos. — Meu filho de cinco anos é seu fã, sinto muito pelo acidente.
— Sou eu mesmo. — o olhei novamente. — Eu também sinto muito pelo meu acidente.
— Ela é a mesma moça que te deixou depois do acidente? — apontou para Cecília e eu suspirei, revirando os olhos. — Voltaram?
— Essa é outra, chama Cecília e não se compara a minha ex noiva. — murmurei impaciente.
— Você tem muita sorte, estive observando ela quando entrou na área da piscina, muito gata... com todo respeito, claro. — balançou as mãos na minha direção. — Bom, mas antes de te deixar e parar de encher sua paciência, pode autografar esse boné? — tirou o mesmo da cabeça. — Vou levar para o meu filho!
— Posso. — estendi a mão na sua direção e ele me entregou o boné, tirando uma caneta do bolso da camisa. — Como chama seu filho?
— Johnny. — respondeu sorridente e eu autografei o boné, escrevendo meu nome e o nome de seu filho.
— Pronto. — fechei a caneta e entreguei com o boné. — Manda um abraço para o seu filho!
— Muito obrigado. — olhou sorridente para o boné. — Johnny vai amar, é muito bom presentear um filho, vai ter a mesma sensação quando tiver um garoto ou uma garota.
— É... — virei meu rosto na direção de Cecília outra vez. — Se um dia eu tiver! — murmurei, desanimado.

...

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