Capítulo 49

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Capítulo 49 💐

|Luan|

Cecília chateada comigo e eu triste por ela estar chateada comigo.
— Desculpa. — pedi imediatamente. — Vou colocar o colete, pode me acompanhar? Eu não sei colocar sozinho.
— Vou terminar de tomar meu café da manhã e te acompanho até o quarto.
— Tudo bem, vou esperar na sala. — respondi.
Ela apenas concordou com a cabeça e voltou para o balcão. Sinto que eu precisava dizer mais alguma coisa, só não encontro as palavras.
Suspirei fundo, dei meia volta e caminhei devagar para a sala.
— Oi, bom dia! — Rose entrou, acompanhada de Antony.
— Bom dia, Rose. Bom dia, Antony! — os cumprimentei com um sorriso.
— Bom dia! — Antony respondeu simpático, como sempre.
— Rose, você poderia acompanhar a Cecília na cidade hoje? Ela vai comprar algumas coisas no Centro, mas não conhece nada por aqui, gostaria que alguém a acompanhasse. — pedi.
— Eu fiquei de fazer algumas coisa na cozinha pra dona Margareth, mas posso adiar e ir com a Cecília. — Rose respondeu.
— Se quiser, eu posso ir com ela e a minha mãe faz o que tinha que fazer para dona Margareth. — Antony se ofereceu prontamente.
Trinquei o maxilar, tentando buscar uma resposta. Me incomodava o fato de ter Antony acompanhando Cecília na cidade.
— Eu acompanharia, mas tenho algumas pendências pra resolver. — Judite comentou, levantando-se do sofá.
— Você não precisa treinar, Antony? — arqueei uma sobrancelha.
— Só a tarde, agora estou livre. — estufou o peito, dando um sorriso. Ele parecia animado na ideia de acompanhar Cecília.
— Tá, então vai com ela. — murmurei.


Depois de me despedir de Judite, fui para o meu quarto esperar Cecília para colocar meu colete.
Sentei-me na cama e comecei a abrir os botões da minha camisa, tirando antes de Cecília chegar no quarto, assim eu dava menos trabalho pra ela.
— Tirei a camisa já. — comentei quando Cecília entrou no quarto.
— Vou pegar o colete. — abriu meu guarda-roupas e tirou o colete de uma porta onde ficavam guardadas minhas roupas de fisioterapia e treinos.
— Ainda está chateada? — levantei a cabeça para olhá-la.
— Coloca o colete que te respondo. — se aproximou e eu estiquei os braços para que ela colocasse o colete em mim.
— Me desculpa, não quis te aborrecer...
— Peça desculpas para si mesmo, por não escutar meus conselhos de fisioterapeuta e enfermeira. — prendeu as primeiras fitas. — Espero que volte a me escutar, a Judite não é mais sua enfermeira.
— Prometo que vou seguir suas instruções na linha. — respondi firme.
— Muito bem, tenho ciúmes dos meus pacientes.
— Tem ciúmes de mim? — perguntei, controlando minha vontade de sorrir.
— Tenho, você é meu paciente, eu que cuido de você e não sua ex enfermeira. — revirou os olhos, fazendo sua melhor cara de tédio.
— Espero que você seja só minha enfermeira também.
— E sou! — pegou minha camisa, me ajudando a vesti-la. — Eu vou sair daqui a pouco, a dona Margareth vai ficar tomando conta de você pra mim, eu não demoro por lá e volto antes do almoço, só preciso comprar algumas coisinhas pra mim.
— Sem problema, use o tempo que for preciso.
— Vai querer alguma coisa da cidade? Posso trazer pra você. — terminou de fechar minha camisa.
— Acho que não. — franzi o nariz. — Só quero pedir uma coisa e pode até soar egoísta, mas se o Antony se oferecer pra te mostrar a cidade, não aceita não, eu mesmo quero poder te mostrar. Estou me esforçando pra ficar bem o suficiente e te levar pra conhecer a cidade, poderia esperar por mim?

...

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