Capítulo 01

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Simplesmente,eu sei que tudo que foi importante pra mim,da minha vida se foi então me fez ser assim. 
-Cobertor
Anitta

Sina Deinert

Dois dias depois

Estava jogando um belo jogo de tiro no meu computador quando escutei várias derrapadas de carro.

Tirei meus fones lentamente e segui até a janela.

Levantei ela com dificuldade e tudo o que vi foram vários caras adentrando o prédio. Me escorei ali e apenas fiquei pensando…

Será que o desgraçado descobriu tudo? Depois de cinco anos?

Pegue meu chips de batata e comecei a ouvir batidas nada fracas em minha porta. Peguei meu celular e o escondi atrás do sofá.

Voltei a sentar na cadeira e liguei meu microfone.

— Meus queridos amigos que são péssimos com jogos de tiros. — digo mastigando. — Devo me retirar agora, foi bom jogar com vocês. — desligo o jogo e fecho todas as guias.

Levei mais uma batata na boca e com mais um clique meu computador desligou por completo fazendo tudo o que tinha nele sumir pra sempre. No mesmo instante escuto minha porta ser colocada abaixo e retiro meus fones novamente.

Os passos se aproximam até onde eu estava e eu giro lentamente com a cadeira ficando de frente para os cinco brutamontes que estavam ali. Alguns olhares pareciam espantados e eu sorri.

— Sejam bem-vindos? — digo levando mais uma batata até minha boca.

Suas armas foram levantadas no mesmo instante e eu engoli minha batata.

Não achei que isso iria acontecer, pensei ter me dado bem nesse lance de fugir e me isolar, mas já vi que me enganei, certeza que de hoje eu não passo.

—Avisa o Henri Velaz que eu estou bem. — digo cruzando as pernas.

— Não tem Henri aqui, garota. — se aproximou com a arma na minha cabeça. — Você foi a autora de um desvio de 1 milhão de uma conta bancária? — engoli seco.

Me descobriram? Como isso foi possível?

Passei anos fazendo isso e ninguém nunca chegou perto de mim, como assim isso acontece justo agora?

— 1 milhão? — ri debochada. — Eu sou apenas uma viciada em batata chips. — balancei meu saco e ele tomou da minha mão. — Ei! — protesto irritada.

— Levanta. — me pegou pelo braço. — Tem uma pessoa querendo falar com você. — franzi o cenho confusa enquanto ele me puxava.

— Como? — tentei me soltar. — Ei, calma aí. — bati minha mão livre em seu pau e ele me soltou dando um gemido de dor.

Levantei minhas mãos para não atirarem e encarei a todos.

— Quem quer me ver? — pergunto e vejo o cara recobrando seu ar. — Irei por livre e espontânea vontade, só me digam o nome. — digo encarando as cinco figuras ali.

Acho que agora faz sentido a figura surpresa de todos ao me ver, não estavam atrás de mim, e sim da pessoa que desviou o dinheiro, aposto que achavam ser um garoto, ou até mais velho.

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