Capítulo 28

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Sina Deinert

Não aguento mais ficar nessa casa, estou a ponto de enlouquecer com aquela surtada.

Tudo o que acontece ela bota a culpa em mim, mesmo eu estando na puta que pariu. A sonsa ainda vem querer me dar ordens, me dizendo que eu deveria ir buscar um vestido, mandei ela tomar no meio do cu dela.

Depois disso o sonso do noivo dela veio falar comigo também. Noah me disse que eu estava fora de mim, que se fosse tpm eu deveria medir minhas ações. Sabem o que eu fiz?

Mandei ele tomar no olho do cu também! Zero paciência.

Nesse pequeno tempo eu retomei a minha forma normal, tanto em tiro, quanto em luta. Chamei Bay para um desafio final e adivinhem? Levei o bombado ao chão! Aquilo sim fez meu dia melhor.

Dois dias atrás, Any e Sabina também vieram conversar comigo, sobre Clary e o que vinha acontecendo. Tentei explicar meu lado, que em momento algum mexi com ela, que inclusive ela falava italiano e a voz dela não era irritante como pensávamos. Achei que elas ficariam do meu lado, mas não foi isso que aconteceu.

Ambas disseram que até faria sentido, mas Clary não teria motivos para mentir, todos sabem da família dela, o fato dela falar italiano foi porque ela já morou lá, e não teria porque ela implicar comigo. E se você acha que foi só isso… te digo que não.

As duas me disseram que mesmo que faça apenas um mês, me conheciam bem e sabiam que eu adoro provocar. Tentei dizer que com ela não era assim, mas tudo o que me pediram era pra ficar longe.

Não vejo sentido ficar em um local em que ninguém confia em mim, que minha palavra não vale de nada.

Ontem mesmo Diarra veio ao meu quarto e me entregou duas sacolas. Disse que foi o Noah que mandou e eu estava proibida de recusar. O conteúdo? Um vestido vermelho longo com um corte na perna, um salto cujo detalhes são dourados, e uma máscara também vermelha. Já disse que não vou nessa festa ridícula, nem que me obriguem.

Noah também é outro idiota, se pensa que pode ficar me dando presentes está muito enganado!

Sai do quarto e ao descer as escadas dei de cara com aquele filhote de curupira.

— Você. — disse ela entediada.

— Vem cá, você não tem casa não? — digo cruzando os braços.

— Minha casa é aqui, quem está onde não devia é você. — sorriu debochada.

— Seu noivo não pensava isso. — ela fechou a cara. — Mas olha, não se preocupe, afinal, vão se casar. — pois é, cansei de ouvir dessa mulher e sair como a mau da história.

— Já disse que posso acabar com sua vida, não me provoca. — mudou sua voz falando baixo.

— Gente, olha a cobra trocando de pele de novo. — digo rindo. — Você pode agir pelas costas de todos, mas não pense que vai me botar medo. — ela sorriu, mas com aquele sorriso diabólico.

— Vamos ver quem tem medo de quem. — a mulher simplesmente começou a gritar e se arranhar à medida que rasgava a roupa.

— O que está fazendo? — digo me afastando.

— Socorro! — assim que ela gritou, seu corpo saiu rolando escada abaixo me fazendo arregalar os olhos.

Meu corpo ficou totalmente paralisado e como se fosse no automático todos aparecem na sala.

O corpo de Clary estava estirado no chão e todos me olhavam assustados...

— O que... — Noah parou de falar no momento em que viu quem estava no chão. — Clary! — se agachou ao lado da moça.

"Jenny fala comigo.Via o pai da garota agitar o corpo da filha levemente."

"Sina,o que você fez?Minha mãe me agitava e tudo o que eu fazia era ver o corpo da menina inconsciente no chão."

"Mãe ela...Não conseguia falar nada,sentia meu coração disparado e meu corpo trêmulo."

"Sua filha enlouqueceu?!Onde já se viu?O pai da garota me olhava e minha vontade de chorar só crescia dentro de mim."

— Maria, o que você fez?! — meu corpo foi agitado e tudo o que vi foi Noah me segurando com força pelos braços.

Ao olhar novamente para baixo vi a ruiva se levantando com dificuldade e sendo acompanhada por alguns.

— Tirem essa maluca daqui! — foi o que ouvi após Noah me puxar até seu escritório.

Fui colocada para dentro com brutalidade e alisei meus braços.

— Qual o seu problema? — gritou na minha frente. — Empurrou ela da escada!

— Eu não fiz isso. — digo olhando ele. — Ela se jogou…

— Não quero mais ouvir as suas desculpas. — apontou o dedo. — Passou a semana implicando com ela, eu te pedi várias vezes para facilitar as coisas.

— Qual o seu problema?! — retruquei irritada e bati com força em sua mão. — Aquela mulher não é quem diz ser, vai passar a perna em você que nem vai ver.

—Cala a boca!

— Não me mande calar a boca! — gritei de volta. — Eu já disse que não ia admitir que você voltasse a levantar a voz comigo.

— Acontece que você passou todos os limites. — dei risada.

— Eu quero é que vocês se fodam, você ainda mais. — digo encarando ele.

— Não me faça expulsar você dessa casa. — dei um passo para trás.

— Não está falando sério. — digo incrédula. — Olha as câmeras de segurança Noah, eu não toquei nela!

O moreno não falou nada, apenas seguiu até seu computador e digitou algo.

Alguns segundos depois ele começou a dar uma risada forçada e me olhou.

— Não tem gravação. — disse ele apontando para o computador e eu me aproximei.

Olhei a tela e fiquei confusa ao ver que realmente não tinha gravação, nem de hoje, e nem registro da semana.

— Isso não faz sentido. — digo me afastando.

— O que não faz sentido é você continuar agindo dessa maneira, quem me garante que não foi você que desativou? — ri desacreditada com o que acabei de ouvir.

— Quem garante que não foi aquela louca? — ele negou.

— Clary não mexe com computação.

— E você não traiu ela. — digo debochada.

— É sério? — se aproximou. — Essa implicância toda é porque tem ciúmes? — passei a mão na cabeça rindo.

— Como você é ridículo. — me afastei. — Quem vem correndo atrás de mim como um cachorro sem dono é você, me comprou a porra de um vestido para a merda daquela festa quando eu disse que não queria ir, fui bem clara quando disse pra você ficar longe! — digo irritada.

— Ah claro! — riu forçado. — Se eu ver que andou provocando ela de novo...

— Não fui eu porra! — gritei irritada.

— Consegue provar? — fiquei calada. — Não me peça para acreditar em você dado a tudo isso. — neguei lentamente.

— Quer saber? Cansei de ficar nessa bosta de lugar. — abri a porta e bati com força mesmo escutando ele me chamar.

Pau no cu, isso que ele é.

Vou embora, mas não antes de mostrar o verdadeiro lado daquela vadia!
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Me desculpem por não ter postado ontem,mas vou postar pelo menos cinco capítulos hoje,fiquem atentos!

Nós vemos no próximo capítulo☆

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